Stephen Hawking foi um renomado físico teórico e cosmólogo britânico, amplamente reconhecido por suas contribuições à ciência, especialmente no campo dos buracos negros e da relatividade geral. Autor de vários livros populares, incluindo “Uma Breve História do Tempo”, Hawking dedicou sua vida ao estudo do universo, apesar de ter sido diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos, uma doença que o deixou paralisado. Sua capacidade de transformar conceitos complexos em ideias acessíveis e seu trabalho inovador sobre a origem e o destino do cosmos fizeram dele uma figura icônica na física moderna.
Velha teoria de Stephen Hawking
Uma das teorias mais célebres de Hawking é a radiação Hawking, proposta há 50 anos. Esta teoria sugere que buracos negros emitem radiação térmica, fazendo com que eventualmente evaporem e desapareçam. Até hoje, essa radiação nunca foi comprovada, mas cientistas podem estar perto de mudar isso com a observação de pedaços de buracos negros.
A radiação Hawking sugere que buracos negros menores evaporam mais rapidamente do que os supermassivos, que podem levar bilhões de anos para desaparecer. Por isso, a observação de buracos negros pequenos, ou pedaços de buracos negros, pode ser a chave para confirmar a teoria. Pesquisadores, em um estudo disponível no arXiv, propõem que colisões catastróficas entre buracos negros gigantes podem lançar ao espaço buracos negros minúsculos e quentes. Esses fragmentos, sendo menores, evaporariam mais rapidamente e emitiriam a radiação Hawking de maneira detectável.
Stephen Hawking publicou sua hipótese na revista Nature em 1974, unindo a teoria quântica à relatividade geral. Ele sugeriu que os buracos negros menores evaporam rapidamente, enquanto os supermassivos, com milhões ou bilhões de vezes a massa do Sol, levariam mais tempo do que o próprio Universo para desaparecer. A dificuldade em detectar a radiação de buracos negros maiores se deve ao fato de que eles são extremamente frios, mais frios até mesmo que a radiação cósmica de fundo, tornando a radiação indetectável.
Buracos negros
Os buracos negros minúsculos, ou “Bocconcini di Buchi Neri”, são a chave para a solução. Se a pesquisa estiver correta, esses pequenos buracos negros, formados durante a colisão de buracos negros supermassivos, evaporam rapidamente e são mais quentes, emitindo radiação Hawking de forma mais evidente. Buracos negros com massas de asteroides poderiam irradiar e evaporar completamente em cerca de 16 anos, tornando a detecção possível.
No entanto, esses pequenos buracos negros são difíceis de observar diretamente. A estratégia dos cientistas é procurar por explosões de raios gama que ocorreriam próximas a locais de fusões de buracos negros. Ainda há muito trabalho a ser feito para detectar esses fragmentos e, eventualmente, confirmar a radiação Hawking, mas essa abordagem traz uma nova esperança para validar uma das teorias mais fascinantes da física moderna.