A velocidade da luz é uma constante universal que desempenha um papel fundamental em muitas áreas da Física. No vácuo do espaço, a luz viaja a uma velocidade constante e inalterável de aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo.
Isso significa que a luz do Sol, a estrela mais próxima de nós, leva em média cerca de 8 minutos e 20 segundos para chegar à Terra. No entanto, essa é apenas uma média e não leva em conta o tempo que os fótons, as partículas que compõem a luz, levam para sair do interior de nossa estrela.
O tempo que a luz solar leva para chegar à Terra pode variar, uma vez que a órbita do nosso planeta ao redor do Sol é ligeiramente elíptica. Esta varia entre 147 milhões a 152 milhões de km. Portanto, no ponto mais próximo do Sol, denominado periélio, a Terra recebe a luz solar em apenas 490 segundos. No entanto, no ponto mais distante, chamado afélio, a luz solar demora 507 segundos para chegar à Terra.
Como é que os fótons demoram tanto para chegar à superfície solar?
O Sol produz fótons através da fusão nuclear de átomos em seu núcleo. No entanto, esses fótons não têm um caminho fácil ou direto para a superfície. Eles passam por inúmeros processos e viajam uma distância muito maior que a própria estrela, que resulta em uma longa jornada que leva milhares de anos. A cada etapa da viagem, os fótons são constantemente emitidos e absorvidos pelos átomos do Sol, perdendo energia cada vez que isso ocorre.
Se o Sol parasse de funcionar, o que aconteceria?
Se o Sol de repente parasse de fundir hidrogênio em hélio em seu núcleo, estaríamos em uma situação muito diferente. Demoraríamos muito tempo para sentir qualquer diferença, dado que os fótons demoram milhares de anos para chegar à superfície solar. Na verdade, há hoje, nos interiores do Sol, fótons suficientes para os próximos milhares de anos.
O importante papel dos neutrinos
Os neutrinos são outro tipo de partícula fundamental que é produzida no Sol. Ao contrário dos fótons, eles interagem muito pouco com a matéria, o que significa que podem atravessar o Sol quase instantaneamente após serem formados no núcleo solar.
Os cientistas utilizam a análise do fluxo de neutrinos para determinar o tamanho e a temperatura do núcleo solar. Se a fusão nuclear parasse agora, o fluxo de neutrinos mudaria imediatamente, permitindo aos cientistas detectar a alteração em apenas pouco mais de 8 minutos.