O Santo do dia 15/01, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: Santo Plácido. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam Santo Plácido digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
A Vida e Legado de São Plácido
A história de São Plácido está fortemente entrelaçada com a trajetória de outro santo importante: Santo Amaro, seu primo e confidente desde a infância. Plácido nasceu em uma família abastada de Roma no ano de 514. Seus pais, Tertulo e Faustina, possuíam uma firme amizade com o abade São Bento, fundador da ordem dos Beneditinos. Nesse contexto, Plácido e Amaro foram encaminhados ao convívio de São Bento aos sete anos de idade, originando uma relação de aprendizado e respeito mútuo.
Amaro e Plácido se tornaram verdadeiros discípulos de São Bento, vivenciando a prática monástica desde a tenra idade. Uma marcante ocasião ilustra essa ligação: ainda crianças, São Bento teve uma visão do jovem Plácido se afogando em um lago. Ele encarregou Amaro de salvar o primo, e a vida de Plácido foi assim poupada.
São Plácido e Seu Legado na Sicília
Após se tornarem sacerdotes, Amaro e Plácido seguiram caminhos distintos de acordo com suas missões. São Plácido recebeu a incumbência de fundar um mosteiro beneditino na Sicília, mais precisamente na cidade de Messina. Além do bem-sucedido mosteiro, Plácido construiu uma igreja dedicada a São João Batista, demonstrando grande devoção a seu trabalho. Essa dedicação foi reconhecida pela comunidade, que o escolheu como o abade do novo mosteiro.
Vitório, Flávia e Eutíquio, irmãos de Plácido, uma vez resolveram visitá-lo em Messina. A convivência prazerosa foi interrompida em setembro de 541, quando a cidade foi invadida por sarracenos. Os monges conseguiram fugir, mas São Plácido preferiu permanecer, enfrentando os invasores ao lado de seus irmãos.
O Martírio De São Plácido e Seus Irmãos
O destino de São Plácido e seus irmãos foi selado quando os sarracenos exigiram a renúncia à fé em Jesus Cristo em troca de suas vidas. Eles, porém, decidiram enfrentar o martírio, sendo decapitados ali mesmo, prontos a morrer por sua fé.
A memória de São Plácido e seus irmãos mártires foi preservada através dos tempos. Mesmo após o devastador terremoto de 1918 que destruiu o mosteiro e a igreja de São Plácido em Messina, a devoção a São Plácido e seu compromisso com a fé permaneceram intactos. Todavia, o povo de Messina ainda celebra a memória de São Plácido no dia 5 de outubro, apesar de a Igreja ter estabelecido seu dia no calendário litúrgico para o dia 15 de janeiro, data em que também se comemora seu primo Santo Amaro.
São Plácido é lembrado como um exemplo de fé, humildade e dedicação a Deus. A história de sua vida, de seus ensinamentos e de seu martírio continuam a inspirar muitos crentes em todo o mundo, reafirmando o poder de uma vida vivida em serviço a Deus e à comunidade.