Os descontos indevidos em aposentadorias e pensões estão no centro das discussões no Brasil. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estimou que tais descontos podem chegar a R$ 3 bilhões, afetando milhões de beneficiários.
Mais de 1 milhão de segurados já solicitaram a devolução dos valores descontados sem autorização, consolidando um cenário que envolve fraudes praticadas por associações aproveitando brechas no sistema.
O ministro da Previdência Social do Brasil, Wolney Queiroz, confirmou que o ressarcimento dos aposentados vítimas da fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será feito com recursos do Tesouro Nacional.
O panorama atual inclui mais de 7 milhões de beneficiários afetados entre 2019 e 2024, período em que associações fraudulentas aplicaram golpes, especialmente em aposentados e pensionistas. O ressarcimento total depende de cada beneficiário confirmar se autorizou ou não os descontos, tornando o processo complexo.
O INSS está cruzando dados com a Receita Federal e bancos para localizar todas as vítimas e acelerar a devolução dos montantes.
Como pedir ressarcimento
Para aqueles que identificaram descontos indevidos, é crucial verificar seus extratos através do site ou aplicativo Meu INSS. Se um débito for constatado, é necessário registrar uma contestação com documentação comprobatória, se disponível.
Com o prazo para análise variando de 30 a 60 dias, a devolução será feita na mesma conta onde o benefício é depositado, buscando evitar fraudes no ressarcimento.
O INSS implementou novas políticas para impedir fraudes semelhantes no futuro. Isso inclui autorizações rígidas de descontos e um canal exclusivo para bloqueio no Meu INSS. Em adição, uma busca ativa vem sendo realizada para garantir que todos os lesados sejam informados e ressarcidos apropriadamente.