Argentina confirma saída da OMS

Após a visita do secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert Kennedy Jr., à Argentina, o Ministério da Saúde argentino anunciou uma revisão significativa em suas políticas de saúde pública. As mudanças visam transformar o modelo atual, que é centrado na reparação de doenças, para um que prioriza o cuidado da saúde com base em evidências científicas. 

Entre as medidas anunciadas, destaca-se a revisão estrutural dos órgãos nacionais do sistema de saúde. O objetivo é eliminar sobreposições, normas obsoletas e melhorar a supervisão. Além disso, haverá uma discussão sobre o uso de autorizações aceleradas para medicamentos de alto custo, especialmente aqueles destinados a crianças e doenças raras.

O governo argentino propôs uma série de mudanças que visam garantir a sustentabilidade do sistema de saúde. Uma das principais medidas é a revisão e restrição do uso de aditivos sintéticos potencialmente perigosos em produtos alimentícios. Essa iniciativa questiona o papel de certos ingredientes utilizados pela indústria alimentícia e seu possível vínculo com o aumento de doenças crônicas.

Outra mudança significativa é a exigência de que vacinas sejam submetidas a estudos clínicos com grupo placebo. Essa medida visa reforçar a segurança dos pacientes e garantir que as vacinas sejam aprovadas com base em evidências científicas robustas. O governo destacou a vacina contra a COVID-19 como um exemplo de aprovação sob condições excepcionais, sem grupo de controle.

Argentina se retira da OMS

Em fevereiro deste ano, a Argentina anunciou sua saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo os passos dos Estados Unidos. O governo argentino justificou a decisão com base nos custos de ser membro da organização, estimados em cerca de US$ 10 milhões por ano. Além disso, consideraram os gastos com salários, diárias e assessores do representante argentino na entidade.

A saída da OMS representa uma mudança significativa na política externa da Argentina, que se aproximou dos Estados Unidos após Javier Milei assumir a presidência em dezembro de 2023. Milei, conhecido por seu alinhamento ideológico com Donald Trump, busca reformular as políticas de saúde do país de acordo com suas convicções conservadoras.

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