Míriam Leitão entra na Academia Brasileira de Letras – veja os requisitos para ser “eleito”
A renomada jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo o cineasta Cacá Diegues, falecido em fevereiro deste ano. A eleição ocorreu nesta quarta-feira, 30 de abril, e Míriam recebeu 20 votos de um total de 37.
Míriam Leitão, com uma carreira que se estende por mais de cinco décadas, é uma figura proeminente no cenário literário e jornalístico brasileiro. Ela já trabalhou em diversos veículos de imprensa e atualmente é colunista do jornal O Globo, além de comentarista no Bom Dia Brasil, Globonews, CBN e âncora do programa de entrevistas Miriam Leitão Globonews.
Contribuições literárias de Míriam Leitão
Com 16 livros publicados, Míriam Leitão se destaca em vários gêneros literários, incluindo ficção, crônica, romance e literatura infantil. Suas obras abordam temas variados, desde questões econômicas até reflexões sobre a Amazônia.
Entre seus livros mais notáveis, estão “Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda” e “Amazônia na encruzilhada: o poder da destruição e o tempo das possibilidades”.
“Saga brasileira” foi premiado com o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Reportagem e Livro do Ano de Não Ficção, consolidando sua reputação como uma autora de destaque. Já “Amazônia na encruzilhada” recebeu o Prêmio Intelectual do Ano – Troféu Juca Pato de 2024, reconhecendo sua capacidade de abordar temas complexos com profundidade e clareza.
Requisitos para entrar na Academia Brasileira de Letras
A Academia Brasileira de Letras (ABL) é uma instituição cultural de grande prestígio no Brasil, dedicada à promoção da língua portuguesa e da literatura nacional. Inspirada no modelo da Academia Francesa, a ABL foi fundada em 1897 e é composta por 40 membros efetivos e perpétuos, conhecidos como “imortais”.
Além disso, a academia conta com 20 membros correspondentes estrangeiros.
Para integrar esse seleto grupo, é necessário atender a critérios rigorosos. O estatuto da ABL exige que os candidatos sejam brasileiros natos e tenham publicado obras de reconhecido mérito literário. Esse processo seletivo busca garantir que apenas autores de destaque e relevância para a cultura nacional ocupem as cadeiras da academia.
O processo de eleição dos membros da Academia Brasileira de Letras é marcado por um ritual formal e criterioso. Quando um acadêmico falece, a cadeira que ocupava é declarada vaga durante a Sessão de Saudade. A partir desse momento, os interessados em se candidatar têm um prazo de 15 dias para enviar uma carta ao presidente da ABL manifestando seu interesse.
A eleição ocorre 30 dias após a declaração da vaga. O processo é realizado por meio de escrutínio secreto, onde os membros votam para escolher o novo integrante.