Juros sobem a 14,25%; saiba o que isso significa para seu bolso
A taxa Selic alcançou 14,25%, o maior nível desde a crise política e econômica que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. A Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, serve como referência para empréstimos e financiamentos.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tomou a decisão pelo aumento nesta quarta-feira (19). Quando a Selic está alta, o crédito se torna mais caro, impactando diretamente consumidores e empresas.
O Banco Central do Brasil (BC) anunciou a quinta alta consecutiva da Selic, refletindo preocupações com a inflação em um cenário de economia aquecida. Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,4%, um indicador de atividade econômica robusta que, junto com outros fatores, tem pressionado a inflação.
Por que a Selic está subindo?
O aumento da Selic está diretamente relacionado ao sistema de metas de inflação adotado pelo BC. Quando as projeções de inflação superam a meta estabelecida, que é de 3% ao ano, o Banco Central tende a aumentar os juros para conter a alta dos preços.
Entre os fatores que têm impulsionado a inflação, estão:
- A resiliência do nível de atividade econômica;
- Um mercado de trabalho aquecido;
- O aumento dos gastos públicos;
- O cenário internacional, que tem exercido pressão sobre o dólar.
Impacto da alta da Selic na economia
O aumento da Selic tem diversos impactos na economia. Em primeiro lugar, ele encarece o crédito, o que pode desestimular o consumo e o investimento. Além disso, o aumento dos juros pode atrair capital estrangeiro, valorizando o real, mas também pode desacelerar o crescimento econômico ao reduzir a demanda interna.
Por outro lado, uma Selic mais alta pode ajudar a controlar a inflação, que corrói o poder de compra da população. O Banco Central, ao elevar a taxa, busca um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico.