O outono, marcado pela transição das temperaturas quentes do verão para o frio do inverno, está prestes a começar em 2024. Este período anuncia sua chegada no dia 20 de março, às 0h06 (horário de Brasília), e se estende até 21 de junho no Hemisfério Sul. Caracterizado por massas de ar frio, especialmente nos estados do Sul e Sudeste, o outono traz consigo mudanças significativas no clima, influenciando diversas regiões do país.
No Norte e Nordeste, essa estação frequentemente traz consigo um período chuvoso, especialmente se a Zona de Convergência Intertropical persistir. Por outro lado, nas regiões centrais do Brasil, como o Centro-Oeste, as chuvas tendem a se tornar mais escassas.
O outono do ano anterior, 2023, foi marcado pela transição do fenômeno La Niña para o El Niño, após três anos de predomínio. Durante essa transição, o país experimentou um período de neutralidade climática, que se estendeu até o início do inverno, quando o El Niño estava firmemente estabelecido. Esse outono foi caracterizado por chuvas que persistiram até o meio da estação, beneficiando a safra de milho em algumas regiões do país, como no Centro-Oeste e Centro-Sul.
Expectativas
Entretanto, as expectativas para o outono de 2024 são diferentes. O El Niño dará lugar à La Niña no Hemisfério Sul, embora o início da estação possa ser de neutralidade climática. Essa transição oposta ao ano anterior sugere um outono mais ameno, com temperaturas menos intensas e oscilações mais pronunciadas.
No Sul do Brasil, a previsão é de um outono mais úmido, o que pode afetar as atividades agrícolas, especialmente a colheita de soja no Rio Grande do Sul. Por outro lado, será favorável para o cultivo de trigo. Já no Centro-Sul, que inclui o Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, espera-se uma redução significativa das chuvas a partir de março, com abril e maio sendo meses mais secos.
Na região Norte, onde o outono costuma ser chuvoso, as precipitações podem ocorrer de forma irregular e com volumes abaixo da média. No entanto, em algumas áreas, como no Norte do Amazonas, parte de Roraima e do Pará, o volume de chuva pode ser acima da média para a estação.