Salário mínimo será congelado por 6 anos? Proposta assusta brasileiros

Armínio Fraga, renomado economista e ex-presidente do Banco Central do Brasil, apresentou recentemente suas preocupações sobre a situação econômica do país. Durante a Brazil Conference, realizada neste mês de abril, em Cambridge, nos Estados Unidos, Fraga destacou a necessidade de reformas estruturais para melhorar as contas públicas, especialmente no que diz respeito à Previdência Social.

Fraga argumentou que o sistema previdenciário brasileiro enfrenta um cenário preocupante, agravado pelo envelhecimento da população e pelas regras atuais que, segundo ele, necessitam de revisão. Ele sugeriu medidas como o congelamento do salário mínimo por seis anos como uma forma de aliviar a pressão sobre as finanças públicas.

Por que congelar o salário mínimo?

O salário mínimo no Brasil serve como referência para diversos benefícios sociais, incluindo aposentadorias e pensões. Armínio Fraga propôs o congelamento do salário mínimo em termos reais como uma solução temporária para estabilizar as contas da Previdência. Ele acredita que essa medida poderia contribuir significativamente para a sustentabilidade fiscal do país.

Além disso, Fraga destacou a importância de reformar a folha salarial do setor público, que representa uma parcela significativa dos gastos primários do governo. Ele sugeriu que uma reavaliação dos salários e benefícios dos funcionários públicos poderia liberar recursos para outras áreas prioritárias.

Subsídios fiscais

No evento, Fraga também chamou a atenção para os gastos tributários, que incluem subsídios e renúncias fiscais concedidos a setores econômicos específicos. Ele apontou que esses gastos representam cerca de 7% do PIB, um aumento significativo em relação aos níveis observados no final do governo de Fernando Henrique Cardoso.

Segundo Fraga, a redução desses subsídios poderia ajudar a normalizar as taxas de juros no Brasil e permitir um uso mais eficiente dos recursos públicos. Ele defendeu que o país deve buscar formas de aumentar os investimentos públicos, que atualmente representam menos de 2% do PIB.

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