Reino Unido decidiu colocar fim em ciclo de imigração no país e encerrar esse assunto de uma vez por todas
O governo britânico anunciou recentemente uma série de mudanças significativas em suas políticas de imigração, com o objetivo de controlar o fluxo migratório e responder às pressões políticas internas. As novas diretrizes visam restringir os vistos de trabalhadores qualificados a empregos de nível de pós-graduação, enquanto as empresas serão incentivadas a investir mais no treinamento de trabalhadores locais.
Esta iniciativa surge em um contexto de crescente preocupação com os níveis de migração líquida, que atingiram números recordes nos últimos anos.
O primeiro-ministro Keir Starmer enfrenta desafios políticos consideráveis, especialmente após o sucesso do partido de direita anti-imigração Reform UK nas eleições locais. Em resposta, o governo propôs mudanças que prometem reformular o sistema de imigração, buscando um equilíbrio entre as necessidades do mercado de trabalho e as expectativas dos eleitores.
As novas regras também incluem restrições para setores específicos, como o de assistência médica, que não poderão mais recrutar trabalhadores estrangeiros com a mesma facilidade.
Mudanças propostas nas políticas de imigração
As mudanças propostas pelo governo britânico são abrangentes e visam reformular o sistema de imigração do país. A principal alteração é a concessão de vistos qualificados apenas para empregos de nível de pós-graduação.
Além disso, os vistos para funções menos qualificadas serão limitados a áreas críticas para a estratégia industrial do Reino Unido. Em contrapartida, as empresas serão obrigadas a aumentar o treinamento dos trabalhadores britânicos, uma medida que visa reduzir a dependência de mão de obra estrangeira.
Essas mudanças fazem parte de um documento de política, conhecido como white paper, que será publicado em breve. O documento detalhará como o governo planeja reduzir a imigração e restaurar o controle sobre o sistema de imigração, que foi descrito como um “experimento fracassado de livre mercado” pela ministra do Interior, Yvette Cooper.