Ebrahim Raisi, presidente do Irã, faleceu aos 63 anos em um trágico acidente aéreo ocorrido nas proximidades da fronteira com o Azerbaijão. Raisi, nascido em 14 de dezembro de 1960 em Meshed, uma cidade no nordeste do Irã, foi uma figura política proeminente conhecida por sua estreita relação com o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.
Ao longo de sua carreira, Raisi ocupou cargos importantes, incluindo o de procurador-geral de Teerã em 1994 e chefe do Judiciário do Irã em 2019. Sua ascensão à presidência do Irã em 2021 ocorreu em uma eleição marcada por uma abstenção recorde e acusações de manipulação por parte do Conselho de Guardiães da Constituição.
Durante seu mandato, Raisi enfrentou críticas por sua repressão a protestos internos e por seu papel em ações controversas, como as chamadas “comissões da morte” na década de 1980, que resultaram na execução de milhares de opositores ao regime dos aiatolás. Além disso, sua presidência foi marcada por tensões crescentes com Israel e uma escalada de hostilidades entre os dois países.
Acidente aéreo
O acidente que tirou a vida de Raisi e outras autoridades, incluindo Malek Rahmati, governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental, e Hojjatoleslam Al Hashem, líder religioso, ocorreu devido às más condições climáticas, que incluíam chuva, ventos fortes e neblina espessa.
A morte de Raisi deixa uma lacuna significativa na política iraniana e levanta questões sobre o futuro do país em meio a um cenário geopolítico tenso.