Chega a ser comum ouvir a frase “pecado mortal” quando nos referimos ao Cristianismo, especialmente na Igreja Católica. Mas o que realmente significa? De acordo com a teologia católica, um pecado mortal, proveniente do termo em latim ‘peccatum mortale’, é um ato gravemente pecaminoso que, se não confessado e houver arrependimento sincero antes da morte, pode conduzir a pessoa ao Inferno.
Essa terminologia é encontrada na Primeira Epístola de São João, capítulo 5, versículo 16 onde lê-se: “Se alguém vê seu irmão ou irmã cometer um pecado que não seja mortal, reze, e Deus lhe dará a vida, isto para aqueles que não cometeram pecado mortal. Há pecado que é mortal, não digo que reze por este”.
Mas o que define um pecado como mortal?
Tal pecado é considerado “mortal” quando leva à separação da pessoa da Graça salvadora de Deus. Para que se caracterize como tal, três condições devem ser atendidas: o pecado deve envolver uma matéria grave, ser cometido com pleno conhecimento e com consentimento deliberado. As pessoas que o cometem deixam de estar na graça santificante até se confessarem e pedirem perdão, mostrando arrependimento genuíno.
O pecado mortal possui consequências sérias. Ele destrói a caridade, nos priva da graça santificante e conduz à morte eterna do Inferno, caso não haja arrependimento. Ele é perdoado ordinariamente mediante os sacramentos do Batismo (ministrado apenas uma vez na vida) e da Confissão (ou Reconciliação).
Quais são considerados pecados mortais?
Os atos considerados pecados mortais são de natureza grave e variam desde infrações morais até crimes sérios. Dentre eles, podem os seguintes:
- Adultério
- Apostasia
- Blasfêmia
- Furto
- Divórcio
- Inveja
- Raiva extrema
- Homicídio
- Fornicação
- Pornografia
- Masturbação
- Feitiçaria
- Sacrilégio
- Suicídio
- Perjúrio
- Estupro
- Terrorismo