O Santo do dia 07/01, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: São Luciano de Antioquia. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam São Luciano de Antioquia digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
Luciano de Antioquia: presbítero e teólogo
Em Antioquia, Luciano foi ordenado presbítero e ganhou destaque por sua erudição teológica. Ele mesmo fundou uma Didaskaleion, compreendida como uma escola. Após alguns desacordos teológicos que resultaram em sua excomunhão, Luciano reconciliou-se com a Igreja anos mais tarde.
Perseguido pelo imperador Maximino Daia, Luciano foi preso e torturado por nove longos anos, por se recusar a abjurar a fé cristã. Finalmente, morreu como mártir, seja por inanição ou decapitação, no dia 7 de janeiro de 312 na cidade de Nicomédia.
Teologia: a contribuição de Luciano
A teologia de Luciano é motivo de debate entre estudiosos. Teólogos tentam reconstruir sua abordagem sobre pontos de vista teológicos através de fontes sobreviventes, mas alcançam resultados contraditórios.
Ele é também associado ao Arianismo, doutrina que nega a divindade de Jesus Cristo, uma vez que Ário chamou Eusébio de Nicomédia de “sylloukianistes” – um possível indicativo de que Luciano foi seu professor.
Uma figura polêmica da história cristã
Apesar das controvérsias em torno de suas crenças teológicas, Luciano de Antioquia é homenageado como santo, com sua festa celebrada no dia 7 de janeiro. Ele é lembrado por sua devoção resistente, apreciado por sua erudição e, por vezes, debatido por seus pontos de vista peculiares sobre a Cristologia – estudo sobre a natureza de Jesus Cristo.
Luciano de Antioquia: o legado
Luciano de Antioquia é considerado muitas vezes como o responsável pela revisão da Septuaginta – a tradução grega do Antigo Testamento – e do Novo Testamento Grego, que mais tarde foi utilizado por Crisóstomo e líderes gregos posteriores.
Sua contribuição, embora complexa e multifacetada, permanece viva na história do Cristianismo. É, por muitos, honrado como um mártir que, apesar dos controvérsias e do martírio, manteve-se fiel à sua fé.