No vasto cosmos, os astrônomos surpreenderam-se ao encontrar um planeta singular que poderia facilmente ser considerado uma joia celestial: o planeta de diamante. Este exoplaneta rochoso, situado a aproximadamente 40 anos-luz do Sistema Solar, destaca-se entre os cinco que orbitam a estrela Cancri 55.
Diferente dos planetas familiares em nossa vizinhança cósmica, a composição química única desse planeta despertou o interesse da comunidade científica. Análises baseadas em medidas de massa e órbita, juntamente com simulações computacionais, indicam que a crosta desse corpo celeste é predominantemente composta por cristais sólidos de carbono.
Com um raio duas vezes maior que o da Terra e uma massa oito vezes superior, esse diamante celeste completa uma órbita ao redor de sua estrela em surpreendentes 18 horas, devido à velocidade excepcionalmente alta. No entanto, sua atmosfera abrasadora, com uma temperatura média de superfície de 2.150 graus Celsius, exclui qualquer possibilidade de água ou formas de vida.
Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale, destacou a singularidade desse planeta, afirmando que sua superfície é coberta por grafite e diamante, ao contrário da Terra, onde a água e o granito predominam.
Este exoplaneta de diamante, estimado em ter pelo menos um terço de sua massa composta por diamantes, desafia as previsões teóricas há muito consideradas pelos astrônomos. A combinação de grafite, ferro, carbonato de silício e silicatos compõe o restante de sua peculiar constituição.
Este achado revolucionário, detalhado no periódico “Astrophysical Journal Letters”, marca a primeira identificação concreta de um planeta de diamante. Embora essa possibilidade fosse teorizada há anos, a confirmação agora abre novos horizontes para a compreensão da diversidade planetária e das surpresas que o universo ainda reserva para os exploradores do cosmos.
O professor de astronomia de Yale, David Spergel, enfatiza a complexidade dos planetas em comparação com as estrelas e antevê descobertas futuras ao explorar os mistérios dos planetas que orbitam estrelas próximas. Esse exoplaneta peculiar, com sua composição única, destaca-se como um fascinante objeto de estudo, revelando a riqueza e a complexidade da vastidão cósmica.
