A Arquidiocese de São Paulo anunciou ontem (5) que está dando início a uma investigação sobre uma recente denúncia de abuso sexual que envolve o padre Júlio Lancellotti, pároco da igreja de São Miguel Arcanjo e vigário episcopal para o povo de rua da arquidiocese. A decisão foi tomada em resposta a uma nova acusação feita pelo jornalista Cristiano Gomes, publicada pela revista Oeste em 30 de janeiro, que alega que o padre teria cometido abuso sexual em 1987, quando o denunciante tinha apenas 11 anos e era coroinha na paróquia São Miguel Arcanjo.
Histórico de Acusações e Respostas do Padre
Em comunicado, a Arquidiocese esclareceu que não houve arquivamento da denúncia atual e que a recente divulgação de laudos periciais com resultados contraditórios e a notícia do suposto novo caso de abuso sexual demandam uma nova investigação para buscar a verdade. O padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu trabalho na Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, afirmou receber as acusações com serenidade, alegando que são completamente falsas e parte de uma rede de desinformação.
A denúncia mais recente se soma a um histórico de acusações que envolvem o padre, incluindo um vídeo que circulou em 2020, apresentando supostamente o religioso em uma chamada de vídeo com um menor de idade. As imagens foram apuradas pela Arquidiocese e pelo Ministério Público de São Paulo, mas, na época, não houve convicção suficiente para prosseguir com o caso, resultando no arquivamento da denúncia.
A Arquidiocese ressalta que a nova investigação será conduzida de maneira distante de interesses ideológicos e políticos, buscando a verdade com serenidade e objetividade. A decisão de iniciar a apuração vem em meio à proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo, apresentada pelo vereador Rubinho Nunes, que visa investigar ONGs que atuam na Cracolândia, onde o padre Júlio Lancellotti desenvolve sua pastoral.
O desdobramento desse caso traz à tona a sensibilidade das questões envolvendo denúncias de abuso sexual, destacando a importância de uma investigação rigorosa para preservar tanto a integridade do denunciante quanto a do acusado. A Arquidiocese reafirma seu compromisso em apurar os fatos de maneira imparcial, respeitando os procedimentos eclesiásticos estabelecidos.
Este é um acompanhamento das informações fornecidas nas fontes mencionadas, com o intuito de apresentar um resumo claro e objetivo dos eventos em questão.