Nicolau de Flüe, também conhecido como Bruder Klaus, nasceu em uma família de camponeses na pequena cidade de Flüe, na região de Obwalden, Suíça. Apesar de ser analfabeto, ele se destacou como um dos maiores místicos da Igreja Católica. Sua vida foi marcada por uma profunda devoção religiosa e um desejo constante de proximidade com Deus.
A memória de São Nicolau de Flue é venerada pela Igreja no dia 21 de março e, como herói da pátria, no dia 25 de setembro. Ele é padroeiro da Suíça.
Durante sua juventude, Nicolau serviu como soldado e oficial nas guerras contra os Habsburgos. Após seu retorno, casou-se com Doroteia, com quem teve dez filhos. No entanto, sua vocação religiosa continuou a crescer, levando-o a buscar uma vida de contemplação e isolamento.
Como Nicolau de Flüe viveu sua vocação religiosa
Aos 50 anos, Nicolau decidiu se retirar para uma vida de eremita. Com o consentimento de sua esposa e filhos, ele partiu para viver em Ranft, uma região montanhosa próxima à sua cidade natal. Lá, construiu uma cela de tábuas, que mais tarde se tornou uma capela frequentada pelos habitantes locais.
Durante 20 anos, Nicolau viveu em isolamento, dedicando-se à oração e à meditação. Ele vestia roupas simples, andava descalço e se alimentava apenas da Eucaristia. Sua escolha de vida atraiu a curiosidade e o respeito de muitos, que o procuravam em busca de conselhos e orientação espiritual.
Impacto de Nicolau de Flüe na sociedade de sua época
Nicolau de Flüe desempenhou um papel importante na sociedade suíça de sua época. Em 1481, ele foi chamado para mediar um conflito que ameaçava desencadear uma guerra civil. Sua intervenção junto à Assembleia de Stans foi crucial para evitar o conflito, o que lhe rendeu o título de “Pai da Pátria”.
Além disso, em 1482, Nicolau ajudou a resolver uma disputa entre Constança e a Confederação Helvética sobre direitos em Thurgau. Sua habilidade em promover a paz e a reconciliação fez dele uma figura respeitada e admirada.
Nicolau de Flüe faleceu em 1487, aos 70 anos, em sua cela em Ranft. Sua vida de devoção e serviço à paz deixou um legado duradouro. Em 1947, ele foi canonizado pelo Papa Pio XII, tornando-se um santo da Igreja Católica.
Hoje, Nicolau é lembrado não apenas por sua espiritualidade, mas também por sua capacidade de promover a paz e a unidade em tempos de conflito.