Mensagens de emprego no WhatsApp: como saber se é golpe?
Em toda a América Latina, mensagens suspeitas têm circulado pelas redes sociais oferecendo falsas oportunidades de emprego. Guzmán, um jovem de 24 anos, contou à BBC News Mundo como foi vítima de um desses golpes. Ele recebeu uma mensagem de um desconhecido, da China ou da região, oferecendo um trabalho em uma plataforma em Wuhan, com funções similares aos usuários do TikTok.
Pela realização de tarefas simples, como “curtir” vídeos e enviar screenshots como prova, o jovem receberia um pagamento em sua conta bancária. No começo, Guzmán recebeu cerca de 6 dólares, ou aproximadamente 30 reais, porém, à medida que o trabalho evoluiu, ele foi induzido a investir valores cada vez maiores em uma suposta plataforma de criptomoedas.
Diversidade de golpes
Esse tipo de golpe é apenas um dos muitos que circulam em plataformas como o WhatsApp. Os golpes, muitas vezes, envolvem a oferta de empregos em empresas conhecidas, com salários muito atrativos, com o objetivo de obter o máximo de informações sobre a pessoa. Essas informações podem ser usadas de várias formas pelos criminosos, desde roubo de identidade até a venda dos dados para empresas com fins publicitários ou de marketing.
Como evitar os golpes
Verónica Becerra, especialista em segurança cibernética da empresa Offensive Hacking & Redes de Segurança, dá algumas dicas de como se prevenir dos golpes. Os principais conselhos incluem manter os aplicativos como o WhatsApp atualizados, não responder a números desconhecidos, além de sempre checar qualquer oferta de emprego diretamente com as empresas. Não é comum empresas abordarem candidatos a vagas de emprego por meio do WhatsApp.
Apesar do WhatsApp não conseguir analisar o conteúdo das conversas para detectar golpes, devido à criptografia de ponta a ponta, a empresa tem investido em campanhas de marketing para educar os usuários sobre como detectar golpes. Também é aconselhável não compartilhar informações sensíveis nos chats, como fotos de documentos pessoais, senhas de contas de serviços ou dados pessoais, já que os cibercriminosos costumam buscar esse tipo de informação nas conversas.