Marte possui duas pequenas luas, Phobos e Deimos. Entre elas, Phobos é a maior e a mais próxima do planeta. Seu nome, que significa “medo” em grego, reflete a natureza intrigante e enigmática desta lua. Recentemente, imagens inéditas de Phobos revelaram características peculiares que podem mudar o entendimento atual sobre sua origem e composição.
Lua de Marte
Imagens de alta resolução de Phobos, capturadas pela sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), foram analisadas por pesquisadores da França e da Alemanha. As descobertas, publicadas na revista Astronomy and Astrophysics, sugerem que Phobos pode ter propriedades semelhantes às dos cometas, desafiando teorias anteriores sobre sua natureza. A análise fotométrica indicou que a superfície de Phobos possui uma alta porosidade e um espectro vermelho, características típicas de cometas.
Phobos, que é popularmente conhecida como a lua “condenada” de Marte devido à sua órbita decrescente que a levará a colidir com o planeta em alguns milhões de anos, pode, na verdade, ser um cometa capturado. Os pesquisadores observaram que as propriedades fotométricas de Phobos são similares às do cometa 67P, sugerindo que Phobos pode ser um cometa bilobado ou binário. Essa hipótese revolucionária será testada em 2026, quando a missão Martian Moons eXploration (MMX), da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), trará amostras de Phobos à Terra.
Se confirmada, a descoberta de que Phobos é uma lua-cometa teria grandes implicações para a ciência planetária, revelando novas informações sobre a captura de cometas por planetas e a formação de seus satélites naturais. Além disso, a pesquisa reforça a importância de missões espaciais como a MMX, que têm o potencial de desvendar mistérios antigos e oferecer novas perspectivas sobre o nosso sistema solar.