Lobo-terrível é clonado nos EUA; veja espécies brasileiras que também podem ressurgir
Os lobos-terríveis, uma espécie que habitou as Américas há mais de 10 mil anos, foram recentemente trazidos de volta à vida através de avanços em biotecnologia. A Colossal Biosciences, uma startup focada em de-extinção, anunciou a recriação desses animais, conhecidos por suas habilidades de caça e tamanho impressionante.
Esses predadores, que pesavam cerca de 80 kg, eram famosos por suas presas afiadas e capacidade de caçar grandes herbívoros. A recriação dos lobos-terríveis, que ganharam popularidade na cultura pop como símbolos da família Stark na série Game of Thrones, marca um avanço significativo na aplicação de técnicas de edição genética.
Como os lobos-terríveis foram recriados
A recriação dos lobos-terríveis envolveu a análise de DNA extraído de fósseis antigos. A Colossal Biosciences utilizou tecnologia de ponta, como o CRISPR Cas-9, para decodificar e reescrever o genoma desses animais. Cães domésticos foram empregados como mães de aluguel, permitindo o nascimento de novos espécimes em um ambiente controlado.
Os três lobos-terríveis recriados, chamados Remus, Romulus e Khaleesi, estão sendo mantidos em um centro de preservação nos Estados Unidos. A localização exata é mantida em sigilo para proteger os animais de curiosos. Apesar de serem filhotes, eles exibem comportamentos típicos de animais selvagens, mantendo distância dos humanos.
A de-extinção de espécies como os lobos-terríveis é vista pela Colossal Biosciences como uma oportunidade para avançar na conservação de espécies ameaçadas. A empresa acredita que as técnicas desenvolvidas podem ser aplicadas para proteger animais em risco de extinção, como o lobo-vermelho, e para criar espécies mais adaptáveis às mudanças ambientais.
No entanto, essa prática não está isenta de controvérsias. Críticos apontam para os desafios éticos, como o bem-estar dos animais usados no processo de clonagem e os possíveis impactos nos ecossistemas atuais.
Clonagem de animais no Brasil
A clonagem de espécies ameaçadas de extinção no Brasil, como o lobo-guará, a onça-pintada e o veado-catingueiro, é uma iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O projeto, ainda em fase de aprovação pelo departamento jurídico da Embrapa, busca ser pioneiro na clonagem de animais silvestres no país.
Caso bem-sucedido, pode abrir novas possibilidades para a conservação da biodiversidade brasileira.
O Jardim Zoológico de Brasília colabora com o projeto, já tendo coletado amostras de tecidos de diversas espécies, principalmente de carcaças de animais.