Imigrantes podem ganhar dinheiro dos EUA para sair do país

Desde o início de seu segundo mandato em janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma série de ações para restringir a migração. Uma das iniciativas mais recentes é a introdução de um aplicativo governamental que facilita a autodeportação de imigrantes em situação irregular.

Este aplicativo, denominado CBP Home, oferece uma assistência financeira e de viagem para aqueles que optarem por retornar voluntariamente aos seus países de origem.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) descreve esta medida como uma “oportunidade histórica” para os imigrantes. Aqueles que utilizarem o aplicativo e confirmarem seu retorno receberão um incentivo financeiro de US$ 1.000.

O governo americano acredita que esta abordagem pode reduzir significativamente os custos associados à deportação tradicional, que atualmente são bastante elevados.

Como funciona o aplicativo CBP Home

O aplicativo CBP Home foi desenvolvido para simplificar o processo de autodeportação. Ao utilizá-lo, os imigrantes podem comunicar sua intenção de deixar os Estados Unidos e receber apoio logístico e financeiro para a viagem de retorno. Este programa já foi utilizado por um cidadão hondurenho, que conseguiu uma passagem aérea de Chicago para Honduras.

Segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, a autodeportação é apresentada como a maneira mais segura e econômica de deixar o país, evitando a prisão. O governo estima que o uso do aplicativo pode reduzir os custos de deportação em até 70%, mesmo considerando o pagamento do incentivo financeiro.

As novas políticas de migração do governo Trump têm gerado debates e controvérsias. De acordo com dados oficiais, em 2025, mais de 168.000 migrantes foram detidos, incluindo membros de grupos criminosos como o Tren de Aragua.

Além disso, o governo tem deportado indivíduos alegadamente associados a gangues para o Centro de Confinamento de Terrorismo, em El Salvador. No entanto, advogados de alguns deportados contestam essas alegações, afirmando que seus clientes foram detidos apenas por suas tatuagens, sem provas concretas de envolvimento em atividades criminosas.

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