A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, protagonizaram um embate midiático após Hoffmann expressar desaprovação ao discurso religioso adotado por Michelle. Enquanto Gleisi é líder do PT e figura atuante na política brasileira, Michelle Bolsonaro é conhecida por seu papel como esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro e por seu engajamento em causas sociais, especialmente relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência.
Durante uma entrevista à CNN Brasil, Gleisi Hoffmann criticou veementemente a utilização de discursos religiosos por Michelle Bolsonaro em suas intervenções públicas. Hoffmann argumentou que Michelle estaria equivocada ao mesclar sua fé em Deus com suas declarações políticas, expressando desconforto com essa abordagem.
Para Hoffmann, é inapropriado que figuras públicas como Michelle Bolsonaro se coloquem como porta-vozes de Deus em seus discursos, especialmente quando direcionados ao público evangélico. Ela enfatizou que questões relacionadas à religião não deveriam se misturar com a política e que é importante abordar o público evangélico da mesma forma que se aborda o público em geral, sem recorrer a questões religiosas.
A reação de Hoffmann reflete a preocupação do Partido dos Trabalhadores em conquistar o apoio do eleitorado evangélico, uma vez que esse grupo representa uma força considerável de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, aliados do governo Lula têm se mostrado críticos em relação à influência de personalidades políticas nas igrejas, como é o caso de Michelle Bolsonaro.
Segundo Hoffmann, a relação da família Bolsonaro com o meio evangélico é baseada em mentiras e manipulação, algo que considera prejudicial para a sociedade. Ela destacou a necessidade de preservar a liberdade religiosa e de expressão, sem permitir que interesses políticos distorçam esses princípios fundamentais.