Em 2010, a internet brasileira foi tomada por um ser extraterrestre peculiar: ET Bilu. Sua fala fluente em português e a mensagem “busquem conhecimento” ecoaram em entrevistas e memes, tornando-o um fenômeno viral. Mas por trás da figura inusitada estava Urandir Fernandes, o idealizador da farsa e líder da comunidade Projeto Portal, que acolhia o suposto alienígena.
A farsa do ET Bilu
A farsa, no entanto, não impediu Urandir de continuar no mundo da ufologia. Renomeando a comunidade para Cidade Zigurats, ele fundou a Associação Dakila Pesquisas, com o objetivo de “estudar diversas áreas do conhecimento, buscando preencher as lacunas que a literatura tradicional não menciona”.
Os moradores de Zigurats, liderados por Urandir, defendem teorias controversas, como a Terra convexa e a existência de civilizações alienígenas. Em 2019, Urandir recebeu o título de cidadão campo-grandense, gerando críticas da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) por sua falta de credibilidade científica.
Mais recentemente, Urandir se envolveu na polêmica em torno da cidade perdida de Ratanabá, supostamente escondida na Amazônia e lar de seres gigantes. Pesquisadores renomados desmentiram a existência da civilização, reforçando as críticas à postura de Urandir.
A história de ET Bilu e Urandir Fernandes serve como um lembrete da complexa relação entre a fascinação pelo desconhecido e a busca por respostas científicas. A linha tênue entre a crença e a fantasia pode ser facilmente cruzada, cabendo ao público questionar criticamente as informações e buscar fontes confiáveis.
Embora Urandir continue a defender suas teorias, sua trajetória na ufologia é marcada por controvérsias e pela falta de comprovação científica de suas afirmações. Cabe à comunidade científica e ao público discernirem o que é real do que é ficção, sempre com base em fatos e evidências.