O exame toxicológico é obrigatório desde 2016 para os motoristas das categorias C, D e E. No entanto, a cobrança da multa ficou suspensa nos últimos anos. Agora, a partir do dia 1º de maio, os motoristas das categorias C, D e E que não estiverem com o exame em dia serão multados em quase R$ 1.500.
O valor da multa se dá porque a infração é considerada gravíssima. Além disso, o condutor ainda recebe sete pontos na carteira de habilitação.
O teste toxicológico permite detectar substâncias consumidas há mais de 90 dias. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Ricardo Hegele, as drogas agem de duas maneira no corpo.
Ricardo explica que “as estimulantes, como a cocaína e as anfetaminas, estão associadas a um excesso de velocidade. Ou seja, faz o motorista dirigir de forma agressiva”.
“É diferente na questão do uso de substâncias psicoativas, que são depressoras do sistema nervoso central, como a maconha e o álcool. Essas drogas aumentam o tempo de reação, prejudicando, a questão de atenção e a coordenação dele”, esclarece o especialista.
O exame precisa ser realizado pelo motorista a cada dois anos e meio, e pode ser feito em laboratórios credenciados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
Exigência do teste toxicológico
O Código de Trânsito Brasileiro determina, desde março de 2016, que os condutores das categorias C, D e E devem comprovar resultado negativo em exame toxicológico para obter e renovar a habilitação. Além disso, a obrigação também vale na pré-admissão e demissão de motoristas profissionais.
O propósito da exigência é identificar o consumo de drogas, o que interfere na capacidade psicomotora dos condutores, aumentando o risco na direção de veículos pesados para a ocorrência de acidentes de trânsito.