A China, sob um governo comunista, destaca-se como o principal produtor mundial de bíblias, uma realidade que começou a se transformar nos anos 1980. Este feito é marcante, considerando o estado laico adotado pelo governo chinês em relação à religião. A Amity Printing Company, estabelecida em 1987, lidera essa produção, com uma capacidade diária de 35.000 exemplares, marcando um papel central no cenário. A indústria chinesa atende tanto ao mercado interno quanto a uma crescente demanda global.
A Estrutura da Produção Bíblica na China
A Amity Printing Company, localizada em Nanjing, é pioneira no setor, produzindo milhões de bíblias anualmente. Dados revelam que, de uma produção de 13 milhões de exemplares em 2017, cerca de 69% foram destinados à exportação. Isso reflete não apenas a capacidade industrial, mas também o impacto global da China como fornecedora deste importante texto religioso.
Logística e Paradoxos Econômicos
Apesar de liderar a produção mundial de bíblias, a distribuição interna é controlada por regulamentações estatais. Essa produção é majoritariamente voltada à exportação, atendendo a uma demanda crescente especialmente em áreas de acesso limitado às Sagradas Escrituras. Este fenômeno ressalta a estratégia econômica chinesa de alavancar setores com alto potencial de exportação, enquanto monitora e regula severamente a prática religiosa internamente.
Expectativas para o Futuro
Espera-se que a China mantenha seu papel predominante na produção de bíblias, impulsionada por parcerias estratégicas com organizações religiosas internacionais. As regulamentações continuam a exercer influência significativa sobre as práticas religiosas, refletindo a dualidade entre os interesses econômicos externos e o controle doméstico. Assim, a produção de bíblias na China permanece um exemplo de como o país equilibra prioridades políticas e econômicas.
Em síntese, a China persiste como um dos mais influentes produtores na distribuição de bíblias globalmente, enquanto navega em meio a complexas dinâmicas internas e externas. Com base nos dados de 2023, a indústria bíblica chinesa deverá permanecer como um pilar crucial no fornecimento deste texto religioso por muitos anos.
