Um reator nuclear é uma instalação complexa onde ocorre a fissão nuclear, um processo em que os núcleos dos átomos são divididos, liberando uma grande quantidade de energia. Essa energia pode ser usada para gerar eletricidade ou calor, e é caracterizada por sua alta eficiência e capacidade de produção contínua. Reatores nucleares são amplamente utilizados na Terra para fornecer energia a cidades inteiras, e seu princípio de funcionamento oferece uma solução potencial para os desafios de fornecimento de energia em ambientes hostis, como o espaço.
Programas espaciais
Os programas espaciais da Rússia e da China têm mostrado um progresso significativo nos últimos anos. A Roscosmos, agência espacial russa, tem um histórico robusto de exploração espacial, sendo a sucessora do programa espacial soviético que lançou o primeiro satélite e o primeiro ser humano ao espaço. Recentemente, a Roscosmos tem focado em missões à Lua e Marte, além de manter a Estação Espacial Internacional.
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) também tem alcançado grandes marcos, incluindo o lançamento de sondas lunares, a missão Chang’e que trouxe amostras lunares à Terra e a sonda Tianwen-1 que pousou com sucesso em Marte. A China tem planos ambiciosos para a exploração lunar, incluindo a construção de uma base de pesquisa na Lua.
China e Rússia estão unidas
Agora, esses dois gigantes da exploração espacial estão colaborando em um projeto audacioso: a construção de um reator nuclear automatizado na Lua até 2035. Essa parceria entre Roscosmos e CNSA faz parte de um plano maior para estabelecer uma base lunar conjunta, conhecida como Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS).
Yuri Borissov, presidente-executivo da Roscosmos, anunciou que a tecnologia para o reator nuclear está em fase avançada de desenvolvimento e que o projeto será mantido de forma autônoma, sem a presença humana. O reator proporcionará uma fonte de energia estável e contínua, essencial para missões prolongadas e operações de equipamentos na Lua.
A construção de um reator nuclear na Lua resolveria o problema da dependência de energia solar, que é limitada pelos longos períodos de escuridão lunar. Além disso, a China planeja garantir a segurança da futura base lunar com uma rede de vigilância, demonstrando o compromisso com a segurança e a cooperação internacional na exploração lunar.