Astrônomos não conseguem entender de jeito nenhum exoplaneta recém descoberto

Exoplanetas são planetas que orbitam estrelas fora do nosso Sistema Solar. Eles variam amplamente em tamanho e composição, incluindo Júpiteres quentes, super-Terras e netunos quentes. Os netunos quentes são semelhantes a Netuno, mas orbitam muito mais perto de suas estrelas, o que geralmente causa a perda rápida de suas atmosferas.

Exoplaneta recém descoberto

Um exoplaneta recém-descoberto, chamado Phoenix, está intrigando os astrônomos. Classificado como um netuno quente, Phoenix desafia as expectativas ao manter uma atmosfera densa, apesar de sua proximidade com uma estrela gigante vermelha. Oficialmente denominado TIC365102760 b, Phoenix foi identificado pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite da NASA e estudado pelo Observatório Keck. Com um diâmetro 6,2 vezes maior que o da Terra, ele está seis vezes mais próximo de sua estrela do que Mercúrio está do Sol.

Essa proximidade deveria aquecer Phoenix a ponto de remover sua atmosfera, mas ele mantém uma atmosfera 60 vezes menos densa do que a de outros netunos quentes. Sam Grunblatt, astrofísico e autor principal da pesquisa publicada no The Astrophysical Journal, explicou que Phoenix é o menor e menos massivo planeta encontrado em torno de uma gigante vermelha, o que o torna um objeto de estudo único.

A atmosfera de Phoenix está se dissipando muito mais devagar do que o esperado, provavelmente sobrevivendo por mais 100 milhões de anos antes que a gigante vermelha o destrua. Esse destino é semelhante ao que se espera para a Terra daqui a 5 bilhões de anos, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha. A descoberta de Phoenix sugere que a evolução da atmosfera de um planeta pode ser mais complexa do que imaginávamos, levantando novas questões sobre o futuro da Terra e a evolução dos sistemas planetários.

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