A Agência Espacial do Japão, JAXA, alcançou um marco significativo na noite de sexta-feira (16), com o bem-sucedido lançamento do segundo voo de teste do novo foguete H3. Após o fracasso em seu voo inaugural, ocorrido em março de 2023, este sucesso é crucial tanto para a agência japonesa quanto para o desenvolvimento espacial do país.
Desenvolvido ao longo da última década em colaboração entre a JAXA e a Mitsubishi Heavy Industries, o foguete H3 visa substituir o H-2A, trazendo melhorias substanciais em eficiência e capacidade de carga. A emoção estava evidente no Centro Espacial de Tanegashima quando o H3 decolou às 21h22, no horário de Brasília, marcando um ponto de virada para o projeto.
O H3 atingiu todos os marcos necessários no tempo predeterminado, culminando na órbita e na implantação bem-sucedida de suas cargas: dois satélites pequenos e uma maquete do satélite ALOS-3, denominada VEP-4. O sucesso do segundo voo de teste foi recebido com entusiasmo, evidenciado pelos apertos de mão e abraços entre os membros da equipe no controle da missão.
Esse segundo teste foi crucial não apenas para avaliar a capacidade da aeronave, mas também para resgatar a confiança no programa espacial japonês, abalado pelo fracasso anterior. Em março de 2023, o H3 enfrentou um revés significativo, levando à destruição do foguete e de sua carga, o satélite avançado de observação terrestre ALOS-3.
O desenvolvimento do H3 ao longo da última década representa um avanço significativo. Com entre 57 e 63 metros de altura, dependendo da escolha do carenamento de carga útil, o foguete de dois estágios é equipado com motores LE-9 de hidrogênio líquido-oxigênio líquido no primeiro estágio e um motor LE-5B-3 no estágio superior. A capacidade do H3, que pode transportar pouco mais de sete toneladas de carga útil para a órbita de transferência geoestacionária (GTO), supera significativamente seu antecessor, o H-2A.
As expectativas em relação ao H3 são elevadas, impulsionadas pelos recentes sucessos da JAXA. Além do lançamento bem-sucedido, a agência realizou um pouso lunar com precisão histórica em janeiro, um feito notável que ressalta a expertise japonesa em exploração espacial. Este sucesso se soma a outros marcos recentes, como o lançamento bem-sucedido de satélites e o transporte eficaz de cargas para a órbita planejada.
O lançamento do H3 representa não apenas um triunfo técnico, mas também reforça a posição do Japão como uma potência espacial emergente. O país continua a consolidar sua presença no cenário espacial internacional, oferecendo promissoras perspectivas para futuras explorações e avanços na tecnologia aeroespacial. O sucesso do H3 é mais um capítulo emocionante na história da exploração espacial japonesa.