Aplicativo de mensagens é utilizado para ‘alugar’ criminosos e assusta brasileiros
Sabia que é possível fazer uma busca no Telegram e conseguir “alugar” um hacker? Essa situação inusitada e perigosa foi exposta por um alerta da empresa de segurança Eset.
Segundo o pesquisador de segurança da Eset, Mario Micucci, a plataforma Telegram é mais simples de usar em comparação com a deep web, estando ao alcance de todos.
Além do Telegram traduzir conversas em diferentes línguas, ele também conta com recursos de privacidade muito úteis para quem não quer ser identificado. Através dele é possível ocultar o telefone em grupos e usar mensagens que se autodestroem.
O site Tilt fez uma busca por vários canais públicos do Telegram e descobriu alguns valores cobrados por atos ilegais. Por exemplo, para hackear Twitter, Facebook, Instagram, WhatsApp, Skype ou TikTok, o preço é o mesmo: US$ 120 (quase R$ 600).
Esse “pacote” oferece acesso a senhas de uma conta indicada pela pessoa. Além disso, há também um “suporte” caso o alvo troque a senha num período de seis meses. Nessa situação, o criminoso fornece o novo acesso para o contratante.
O que fazer se for vítima?
A pessoa vítima de invasão deve tentar recuperar o acesso a contas direto com as plataformas e, na sequência, fazer um B.O. (boletim de ocorrência).
É importante que você forneça o máximo de informações possíveis, como um número de telefone que foi usado para enviar uma mensagem com link malicioso ou ainda alguma captura de tela com a troca de conversa, por exemplo.
Uma maneira de evitar ser vítima dessas invasões é habilitar a autenticação de dois fatores, que é uma camada extra para acessar sua conta mesmo que o cibercriminoso saiba sua senha. É possível habilitar essa função na maioria das redes sociais e e-mails.