No início das festividades do Ano Novo Chinês, líderes de grupos cristãos oficialmente reconhecidos e outras organizações religiosas se reuniram em Pequim para uma reunião nacional. O destaque do evento foi a presença de Wang Huning, membro do Comitê Permanente do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCCh) e presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. O Ano Novo Chinês, também conhecido como Festival da Primavera, é uma das celebrações mais significativas na cultura chinesa, marcando o início do novo ano lunar.
Discursos políticos de Wang no ano novo
Durante o simpósio, Wang proferiu discursos políticos e expressou votos de Ano Novo, destacando a importância do trabalho religioso em 2023. No entanto, esse encontro ocorre em um contexto em que cristãos na China enfrentam desafios significativos, incluindo restrições à liberdade religiosa e perseguições.
Wang enfatizou a necessidade de seguir as instruções de Xi Jinping sobre o trabalho religioso e convocou os líderes religiosos a se unirem em torno do Partido e do governo. Ele destacou o papel fundamental desses líderes em apoiar o desenvolvimento da religião na China, ressaltando a importância da sinicização da religião.
Além disso, o alto funcionário do PCCh sublinhou a governança rigorosa da religião, defendendo que os líderes religiosos cultivem um crescente senso de identidade com a pátria, a nação chinesa, a cultura chinesa, o PCCh e o socialismo com características chinesas. Ele ressaltou a necessidade de líderes religiosos serem politicamente confiáveis, proficientes em religião, virtuosos aos olhos do público e úteis em situações críticas.
Este encontro assume relevância no cenário atual, pois reflete não apenas a celebração do Ano Novo Chinês, mas também destaca os desafios enfrentados pelos cristãos na China e a dinâmica entre líderes religiosos e o governo chinês. O evento busca estabelecer diretrizes para a atuação dos líderes religiosos no país, alinhando-se à visão do Partido Comunista Chinês.