Racismo no Futebol: FIFA divulga novo protocolo para combater preconceito
A Fifa, Federação Internacional de Futebol, anunciou na quinta-feira (16/05) um protocolo com o objetivo de combater o racismo no futebol. O documento foi apresentado no 74º Congresso Anual da entidade, realizado em Bangkok, na Tailândia.
Ele apresenta uma série de artigos que enquadram determinadas atitudes como crimes de racismo e propõe punições. Todas as 211 federações filiadas à Fifa deverão adotar essas regras em seus códigos disciplinares.
Entre as sanções propostas, está a suspensão da partida. Além disso, o protocolo também sugere tornar oficial um gesto específico para avisar os árbitros sobre injúrias. Nesse caso, os jogadores deverão levantar os braços cruzados na altura dos punhos, com as palmas das mãos abertas.
Assim, os árbitros deverão responder o gesto, imitando-o, para informar ao público o início do processo de verificação do caso, como ocorre em situações onde é utilizado o VAR (Árbitro Assistente de Vídeo, na sigla em inglês).
Punições ao racismo propostas pela Fifa
Com o protocolo sugerindo tornar oficial o gesto citado para avisar os árbitros sobre injúrias, quando o caso for verificado pelo árbitro, ele poderá suspender a partida temporariamente ou dar uma advertência.
Contudo, se o comportamento persistir, a partida pode ser encerrada e a derrota declarada ao time que cometeu a infração.
Além desse protocolo, a Federação Internacional de Futebol também deve desenvolver e promover iniciativas educacionais em instituições de ensino, junto de órgãos do governo.
Um painel antirracismo, composto por antigos jogadores, também será criado com o objetivo de discutir o tema, que é tão frequente no futebol.
“A decisão da Fifa é histórica e mostra a coragem do presidente Infantino e das 211 federações em lutar contra o racismo no futebol e no mundo. O Brasil foi pioneiro ao desafiar os racistas, a CBF foi a primeira confederação nacional a adotar punição esportiva”, afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.