A Santa do dia 23/03, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: Santa Rafka. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam Santa Rafka digna de ser lembrada e celebrada neste dia especial.
Santa Rafka
Nascida em 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, no Líbano, Rebeca, cujo nome de batismo era Petra, teve uma infância marcada pela perda prematura da mãe. Com apenas sete anos, enfrentou a dor da ausência materna e, após a morte da esposa, seu pai enfrentou dificuldades financeiras. Aos onze anos, Petra foi enviada como servidora doméstica a Damasco, onde permaneceu por quatro anos.
Ao retornar para casa aos quinze anos, encontrou seu pai casado novamente, o que a deixou confusa e em busca de orientação divina. Em uma tarde de prece na igreja, sentiu um chamado interior para dedicar sua vida a Cristo. Contrariando a família, ingressou na Congregação das Irmãs Filhas de Maria, em Bifkaya, onde se destacou por sua doçura, caridade e fervor religioso.
Após a crise na congregação em 1871, Rebeca ouviu novamente a voz de Deus e ingressou no convento de São Simão, em Aitou, onde fez seus votos perpétuos em 1872, adotando o nome de Rafka, em homenagem à sua mãe. Nessa fase, iniciou sua missão como professora e missionária, alfabetizando e catequizando os mais necessitados.
Contudo, sua vida foi marcada por intensos sofrimentos físicos, como dores de cabeça e nos olhos, que a deixaram cega e paralítica após uma série de intervenções médicas. Mesmo assim, Rafka aceitou seu destino como participação nos sofrimentos de Cristo e da Virgem Maria, encontrando alegria na confecção de meias e malhas de lã.
Transferida para o convento de São José em Grabta, onde passou seus últimos anos, Santa Rafka tornou-se um exemplo de fé e perseverança. Após seu falecimento em 23 de março de 1914, sua fama de santidade se difundiu por todo o mundo, sendo canonizada pelo Papa João Paulo II em 2001.
Seus restos mortais repousam na igreja do mosteiro de São José, onde fiéis invocam sua intercessão em momentos de doença e sofrimento. Sua vida e legado inspiram milhares de pessoas, que encontram na oração a Santa Rafka um conforto e uma fonte de esperança diante das adversidades da vida.