O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, e seu colega de Corte, Gilmar Mendes, foram protagonistas de um embate público após declarações polêmicas de Mendes sobre uma suposta “narcomilícia evangélica” no Rio de Janeiro. Mendonça, que também é pastor da Igreja Presbiteriana, contestou veementemente as afirmações feitas por Mendes, considerando-as graves e discriminatórias.
O embate teve início após Mendes mencionar durante uma entrevista à GloboNews a existência de uma “narcomilícia evangélica” atuando no Rio de Janeiro, durante uma reunião recente no STF. Ele relatou que um dos oradores durante a reunião teria mencionado esse termo, sugerindo um suposto acordo entre narcotraficantes e milicianos ligados a uma igreja evangélica na cidade.
Contestação de Mendonça
Mendonça, por sua vez, não hesitou em contestar as declarações de Mendes, afirmando que se trata de uma fala grave, discriminatória e preconceituosa. Ele ressaltou o respeito pela comunidade evangélica e enfatizou a importância de não associar indevidamente a religião a atividades criminosas. Mendonça também destacou o papel da comunidade evangélica na prevenção e combate ao crime, especialmente relacionado ao tráfico de drogas.
As declarações dos ministros geraram repercussões tanto dentro quanto fora do STF. Internamente, o embate reflete a sensibilidade do tema e a importância de um debate equilibrado sobre questões religiosas e criminais. Externamente, as falas dos ministros chamaram a atenção da mídia e do público, levantando discussões sobre liberdade religiosa, discriminação e a relação entre religião e crime organizado.
O episódio também reforça a necessidade de um diálogo respeitoso e responsável entre autoridades públicas e líderes religiosos, visando evitar estigmas e estereótipos que possam prejudicar comunidades inteiras. Mendonça e Mendes, como representantes do mais alto tribunal do país, têm o papel crucial de promover o respeito aos direitos fundamentais e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.