A Crossroads Church, uma megaigreja evangélica em Cincinnati, protagonizou um culto dominical inusitado como parte do fim de semana do Super Bowl. O evento, intitulado “Super Bowl do Sermão”, ocorreu horas antes da final do Super Bowl LVIII e contou com convidados especiais, incluindo narradores, comentaristas, um árbitro e um palco coberto de grama artificial, recriando a atmosfera de um estádio de futebol americano. O Pastor Sênior Brian Tome e a Pastora Alli Patterson lideraram o culto, vestindo camisetas de futebol americano.
Críticas a Pastora
Durante o culto temático, uma representação simbólica ganhou destaque. Após ganhar no sorteio da moeda, o Pastor Tome escolheu “receber” a Bíblia, que representava a bola de futebol. A Pastora Patterson, em um gesto inusitado, deu alguns passos para trás, posicionou a Bíblia, com uma capa estilizada de bola de futebol, e chutou-a do palco para a multidão, gerando surpresa e críticas.
A atitude durante o culto levanta questões sobre os limites entre fé e entretenimento nas práticas das igrejas contemporâneas. O vídeo do chute na Bíblia circulou nas redes sociais, gerando uma repercussão significativa. A igreja, conhecida por suas abordagens criativas, enfrentou críticas nas redes sociais, com muitas pessoas considerando a atitude desrespeitosa em relação à Palavra de Deus.
O pastor Chase Catledge, da Trinity Baptist Church, expressou indignação em um vídeo, comparando a atitude ao desrespeito mostrado à Bíblia em contraste com a realidade de cristãos perseguidos que arriscam a vida para ter acesso à Palavra.
A Crossroads Church, por meio do pastor Andy Reider, defendeu a abordagem, destacando que o serviço da igreja era destinado a ser divertido e diferente, independentemente do Super Bowl real. A discussão sobre os limites entre fé e entretenimento levanta questões importantes sobre como as igrejas contemporâneas abordam a comunicação de suas mensagens.
O caso da megaigreja evangélica ressalta a complexidade de equilibrar a relevância cultural com o respeito aos princípios religiosos. O público contemporâneo parece estar atento aos limites éticos e simbólicos, exigindo uma reflexão mais profunda sobre a interseção entre fé, práticas religiosas e entretenimento nos dias de hoje.