Uma mulher de 44 anos, Hawa Ismail Abdalla, foi brutalmente agredida por seu marido em um campo de refugiados no Sudão do Sul após decidir se converter ao cristianismo. Mãe de sete filhos, Hawa sofreu graves ferimentos na cabeça durante o ataque, exigindo tratamento médico imediato.
O incidente ocorreu em dezembro passado no Campo de Refugiados de Wedwiel, localizado na fronteira do Sudão do Sul, onde a família buscou refúgio, composta por aproximadamente 9 mil pessoas que fugiram dos conflitos no Sudão. A conversão de Hawa a Jesus aconteceu enquanto ela estava em um campo de deslocados internos na cidade de Nyala, no estado de Darfur do Sul, no Sudão.
A perseguição aos cristãos que fogem do conflito no Sudão persiste, seja por parte dos refugiados muçulmanos de Darfur ou no próprio campo de Wedwiel. Cerca de 2 mil refugiados sudaneses que deixaram o Islã enfrentam perigo de perseguição religiosa.
O contexto do Sudão
O Sudão enfrenta uma longa e difícil crise política e humanitária, com conflitos armados e relatos de genocídio desde 2013. Em abril de 2023, o país mergulhou em um conflito agravado pela remoção de um líder ditatorial e a transição para um governo civil. Esse cenário desencadeou uma série de eventos que resultaram em milhares de deslocados e perseguições.
Apesar dos avanços em termos de liberdades religiosas, como indicado na Lista Mundial da Perseguição 2024 da Portas Abertas, onde o Sudão subiu duas posições, alcançando a 8ª colocação, a realidade para os cristãos nas áreas de conflito sugere desafios contínuos na luta pela liberdade religiosa e respeito aos direitos humanos.
Hawa, juntamente com outras mulheres corajosas que enfrentam perseguições devido à sua fé em ambientes hostis, destaca a necessidade de apoio e orações da comunidade internacional. A situação de Hawa e de muitos outros refugiados cristãos sublinha a importância contínua de defender os direitos humanos e a liberdade religiosa em meio a conflitos globais.