O universo astronômico é repleto de maravilhas e mistérios ainda a serem explorados. No entanto, esses mistérios não são apenas belos corpos celestes como estrelas e galáxias, mas também corpos potencialmente perigosos, como asteroides. Neste artigo, vamos discutir um desses asteroides, o 3122 Florence, um objeto celeste que, embora pareça inofensivo à primeira vista, possui a potencialidade de se tornar uma ameaça à nossa existência.
Descoberto em 2 de março de 1981 pelo astrônomo estadunidense Schelte Bus no Observatório de Siding Spring, o 3122 Florence pertence ao grupo Amor de asteroides. Com aproximadamente 5 quilômetros de diâmetro, ele é classificado como um objeto próximo à Terra e potencialmente danoso.
Qual a órbita do Florence?
O Florence orbita o Sol a uma distância de 1.0–2.5 UA (Unidade Astronômica) uma vez a cada 2 anos e 4 meses (859 dias). Seu grau de excentricidade é de 0.42 e possui uma inclinação de 22° em relação à eclíptica.
Essas características o classificam como um objeto potencialmente perigoso (PHO) por conta de sua magnitude absoluta (H ≤ 22), além de sua distância mínima de interseção orbital (MOID ≤ 0.05 AU).
Florence e suas aproximações máximas
Em 1 de setembro de 2017, Florence passou a uma distância de 7,066,000 km da Terra, situando-se aproximadamente dezoito vezes na distância média da Lua. Esta foi a aproximação mais próxima do asteroide desde 1890 e será a mais próxima até depois de 2500. Durante a passagem, cientistas conseguiram estudar Florence através do Radiotelescópio de Arecibo e descobriram que ele tem duas luas.
Como é possível rastrear o Florence?
A constante vigilância em relação à movimentação dos asteroides permite que sejam feitas a prevenção e a minimização de impactos potenciais.
Organizações espaciais como a NASA têm programas específicos focados na detecção, rastreamento e caracterização de NEOs (Near Earth Objects – Objetos Próximos da Terra), como o Florence. Desse modo, cientistas de todo o mundo estão constantemente monitorando-o, usando tanto telescópios terrestres como espaciais.
No caso de uma eventual colisão com a Terra, os impactos seriam devastadores. No entanto, embora possamos presumir suas consequências catastróficas, a possibilidade de o Florence atingir nosso planeta é extremamente baixa.
Com base nas trajetórias e previsões atualmente disponíveis, a NASA afirma que nenhum asteroide conhecido tem uma chance significativa de impacto com a Terra pelos próximos séculos.