O Santo do dia 06/01, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: São Marcelo I. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam São Marcelo I digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
Papa Marcelo I
A figura do Papa Marcelino, que faleceu em 304, é frequentemente ofuscada pelas dificuldades e perseguições vivenciadas pela Igreja na época. Seu reinado ocorreu em um dos momentos mais turbulentos da Igreja, sob ele desencadeou a perseguição mais feroz e cruel contra os cristãos, promovida pelo imperador Diocleciano ao comando de seu assessor, Gelásio. Ademais, a Igreja estava sem a figura central do Papa, também chamado de “vicatio”, o que gerou uma desorganização interna e um ambiente propício para as heresias.
Em meio a isso tudo, haviam os chamados “lapsis” ou “renegados”, cristãos que, temerosos, renunciaram publicamente à fé em Jesus Cristo. Nesta época de desordem e caos, em 27 de maio de 308, Marcelo I foi eleito o 30º Papa da Igreja Católica. De origem romana, Marcelo I se destacava por sua generosidade, humildade e caráter e fé firmes. Ele assumiu a liderança da Igreja quatro anos após o falecimento de Marcelino.
Os esforços de Marcelo I para reorganizar a Igreja
Marcelo I dedicou-se à difícil missão de reorganizar a Igreja. Seu reinado, no entanto, foi interrompido pelas persistentes perseguições ao cristianismo promovidas pelo imperador Maxêncio. O Papa Marcelo I foi preso, exilado e obrigado a trabalhar em uma igreja convertida em estábulo para os cavalos do exército. Seu sacrifício foi tanto que chegou a falecer em função dos maus tratos, em 16 de janeiro de 309.
O legado de Marcelo I para a Igreja Católica
Apesar de sua morte prematura, o Papa Marcelo I deixou um legado importante para a Igreja Católica. Ele foi declarado santo e mártir da fé, sendo considerado padroeiro dos treinadores de cavalos e dos cocheiros. Suas relíquias são guardadas na Cripta dos Papas, em Roma, no cemitério de Santa Priscila. Ele é lembrado, entre outros atos, por sua iniciativa de reestruturar as paróquias dilaceradas pela perseguição romana.
Registros da Igreja mantêm em destaque elogio feito pelo Papa Damásio I em 366 a Marcelo I. Contrapondo-se à postura dos bispos do Oriente que requisitavam a excomunhão dos “lapsis”, em especial sacerdotes, Marcelo I demonstrou firmeza sem extremismo. Optou por acolhê-los, sob a condição de um período de penitência. Além disso, estabeleceu que um concílio só poderia ser convocado com a autorização do Santo Padre.