Autor compartilha dicas para cristãos com TDAH que têm dificuldades de ler a Bíblia e orar

O evangelista e autor João Paulo publicou uma série de orientações voltadas a cristãos diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou com outras formas de neurodivergência, que enfrentam dificuldades para manter hábitos espirituais tradicionais, como a leitura bíblica e a oração. Ele enfatizou que, para estas pessoas, a espiritualidade não deve ser vista como tarefa de desempenho, mas como relação de intimidade com Deus.
De acordo com João Paulo, muitos que vivem com TDAH acabam achando que sua dificuldade em sentar-se para orar ou ler a Bíblia implica “falta de fome de Deus” ou “desobediência”, quando, na verdade, os sintomas — como dispersão, inquietude, dificuldade de concentração ou impulsividade — têm base neurofisiológica. Ele afirma que culpar-se aumenta a angústia e dificulta a relação com Deus.
Ele compartilhou cinco sugestões práticas: (1) abandonar comparações com pessoas neurotípicas e permitir ritmo próprio; (2) enxergar a neurodivergência como um “espinho na carne” que fortalece dependência de Deus; (3) adaptar o ambiente devocional para favorecer a concentração — menos barulho, menos estímulos externos; (4) experimentar formatos alternativos como oração contemplativa com música instrumental (soaking), leitura devocional mais curta e ascensão progressiva; (5) lembrar-se de que devoção não é performance: estar na presença de Deus importa mais do que cumprir metas espirituais rígidas.
Para cristãos com TDAH, essas práticas podem mudar a forma como se relacionam com a fé: ao invés de “não conseguir cumprir” passam a “ajustar o caminho”. Isso reduz culpa, aumenta aceitação e fortalece uma espiritualidade inclusiva.
Em resumo: a vida espiritual para quem tem TDAH não exige super-rotinas, mas criatividade, paciência e uma releitura das expectativas — o essencial é buscar a Deus de forma que o cérebro possa acompanhar.

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