Azul em crise: empresa corta 35% da frota após pedido de recuperação judicial
A Azul Linhas Aéreas anunciou seu pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Esta decisão, parte do Chapter 11, visa reestruturar suas finanças e assegurar a continuidade das operações. Entre as medidas, destaca-se a redução de 35% na frota futura, buscando minimizar custos e riscos cambiais.
O pedido de recuperação judicial, embora esperado por analistas, gerou uma reação negativa no mercado. As ações da Azul caíram significativamente, refletindo a preocupação dos investidores com a saúde financeira da companhia.
Por que a recuperação judicial foi solicitada nos EUA?
A decisão da Azul de recorrer à legislação norte-americana para seu pedido de recuperação judicial não é inédita entre companhias aéreas brasileiras. O principal motivo reside nos contratos de arrendamento de aeronaves, que são frequentemente regidos por leis dos Estados Unidos.
Esta estratégia permite à Azul suspender temporariamente cobranças de credores internacionais, facilitando negociações de reestruturação.
Com este movimento, a Azul planeja reduzir suas obrigações financeiras em cerca de US$ 744 milhões até 2029. Esta redução é crucial para a continuidade das operações e para a estabilidade financeira da empresa no longo prazo.
Como a redução da frota impacta a Azul
A redução de 35% na frota é uma medida significativa no plano de reestruturação da Azul. Atualmente, a companhia opera com 184 aeronaves de passageiros. Com a nova estratégia, espera-se uma diminuição considerável no número de aeronaves, o que deve impactar diretamente os custos fixos associados ao leasing.
Esta decisão visa não apenas a redução de custos, mas também a diminuição da exposição cambial e da alavancagem financeira. A Azul busca, assim, uma operação mais resiliente e menos vulnerável a flutuações econômicas.