O ano de 2024 iniciou com uma previsão de clima quente e chuvas variáveis em diferentes regiões do Brasil. Com o início do verão em dezembro, espera-se um período tipicamente quente e chuvoso, especialmente no centro-sul do país. No entanto, as previsões apontam para uma variação significativa nas chuvas ao longo do período, intensificando-se em algumas áreas e reduzindo-se em outras.
No curto prazo, as tendências climáticas para janeiro de 2024 mostram uma predominância de valores positivos na Oscilação Antártica (AAO), o que pode inibir a formação de sistemas de precipitação, reduzindo as chuvas no Sul e Sudeste. Por outro lado, a Oscilação de Madden-Julian (OMJ) tende a potencializar as chuvas especialmente no Norte e Nordeste do Brasil, enquanto no Sul, Sudeste e litoral leste do Nordeste as chuvas podem ser brevemente enfraquecidas.
El Niño continua ativo
No que diz respeito às tendências de longo prazo, o El Niño continua ativo e influenciando o clima brasileiro, com efeitos bem definidos durante o verão. Espera-se chuvas intensas e frequentes no Sul, aumento moderado das temperaturas médias no Sudeste, chuvas e temperaturas acima da média no Centro-Oeste e diminuição brusca das chuvas e secas severas no Nordeste. Por outro lado, o Oceano Atlântico aquecido pode alimentar a formação de chuvas no Nordeste, contrastando com os efeitos do El Niño.
As previsões de anomalia de chuva para o verão de 2024 mostram um padrão de redução das chuvas em alguns estados do Sudeste e potencialização em outras regiões do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, relacionado à Zona de Convergência do Atlântico Sul. No entanto, esse padrão pode se inverter ao longo dos meses, com chuvas potencializadas no Sul e enfraquecidas no Nordeste durante a transição do verão para o outono.
As previsões de temperatura indicam que o primeiro semestre de 2024 será particularmente quente em todo o país, com temperaturas acima da média, o que pode resultar em novas ondas de calor intensas. No entanto, é importante ressaltar que as previsões de longo prazo representam tendências regionais e podem variar em escalas menores, portanto, é fundamental acompanhar as atualizações e previsões específicas para cada cidade.