O cosmonauta russo Oleg Kononenko alcançou um feito extraordinário ao tornar-se o ser humano com mais tempo passado no espaço. A Roscosmos anunciou oficialmente que Kononenko registrou mais de 878 dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), superando o recorde anterior de Gennady Padalka.
Atualmente em sua quinta missão na estação, Kononenko continuará no espaço até setembro de 2024, acumulando um total de 1.110 dias em órbita, tornando-se o primeiro humano a ultrapassar a marca de 1.000 dias no espaço.
Embora o recorde seja impressionante, ele não vem sem um preço significativo para o cosmonauta. A exposição prolongada ao ambiente de microgravidade resulta em efeitos físicos intensos, como perda de densidade óssea e atrofia muscular. Mesmo com exercícios regulares, essas mudanças no corpo podem levar anos para serem revertidas, além de aumentar o risco de problemas de saúde a longo prazo, como fraturas ósseas e câncer.
Além dos desafios físicos, há também um custo emocional associado ao tempo prolongado no espaço. O isolamento e a separação da família podem ser difíceis de suportar, exigindo uma grande dose de coragem e dedicação por parte dos astronautas.
Apesar dos desafios, a ISS continua sendo um marco notável na exploração espacial, representando uma colaboração internacional entre várias agências espaciais. No entanto, com a decisão da Rússia de se retirar da estação até o final de 2024 e construir sua própria estação espacial, novos desafios podem surgir no futuro próximo.
Enquanto isso, a NASA planeja desorbitar a ISS até 2030, abrindo caminho para novas missões espaciais e empreendimentos interplanetários. O recorde estabelecido por Kononenko é mais um marco na jornada contínua da humanidade além da Terra, marcando sua persistência e determinação na exploração do cosmos.