A Ursa Maior (UMa) é uma constelação notável do hemisfério celestial norte, sendo facilmente reconhecível. Seu nome em latim, Ursae Majoris, remonta a mais de dois mil anos, sendo conhecida desde os tempos dos antigos egípcios. Essa constelação está situada nas proximidades de outras, incluindo o Dragão, a Girafa, o Lince, o Leão Menor, o Leão, a Cabeleira de Berenice, os Pegureiros e o Boeiro.
A Ursa Maior recebeu diferentes interpretações ao longo da história, com várias culturas atribuindo-lhe nomes e significados diversos. Para os antigos gregos e nativos da América do Norte, ela era simplesmente a Ursa Maior.
Na mitologia grega, sua formação foi explicada como um castigo de Zeus sobre Calisto, uma ninfa que fez um voto de virgindade à deusa Ártemis e teve um filho com Zeus. A constelação também era vista como “A Caçarola” na França, “O Arado” na Inglaterra, “O Burocrata Celestial” na China, “Os Sete Sábios” na Índia, “A Carruagem” ou “A Carroça de Charles” na Europa medieval, e até mesmo como “O Carro de Odin” na mitologia nórdica.
Ursa Menor
Os egípcios enxergavam a Ursa Maior como uma procissão de um touro puxando um homem na horizontal. Independentemente da interpretação, essa constelação desempenhou um papel crucial na navegação, especialmente para os navegadores marítimos, e auxiliou na identificação de outras estrelas no céu noturno. A Ursa Maior era conhecida por ajudar os astrônomos iniciantes a localizarem outras estrelas, incluindo a Estrela do Norte, Capella, Castor, Arcturus e Spica.
Por outro lado, a Ursa Menor é uma constelação menor, mas igualmente importante, abrigando a Estrela Polar, que tem sido um guia essencial na navegação marítima ao longo da história. A Estrela Polar, embora frequentemente considerada constante, muda gradualmente devido ao movimento do eixo da Terra. Atualmente, alpha Ursae Minoris é a Estrela Polar, mas isso mudará no futuro.
A Ursa Menor também desempenhou um papel importante na astronomia amadora, ajudando a determinar a qualidade da visibilidade do céu noturno. Suas estrelas variam em brilho, e observar estrelas de magnitude 2ª a 5ª indicava boas condições de observação.