Nesta terça-feira (2/1), a Terra experimentará o fenômeno conhecido como periélio, marcando o momento em que estará 3% mais próxima do Sol. Esse evento, destacado pelo site americano EarthSky, é resultado da órbita não perfeitamente circular da Terra, que a faz se aproximar e se afastar do Sol durante sua trajetória ao redor da estrela.
No dia seguinte, quarta-feira (3/1), a Terra atingirá uma distância de aproximadamente 147 milhões de quilômetros do Sol, cerca de cinco quilômetros a menos do que no período oposto, conhecido como “afélio”, quando a distância entre os astros é maior. A média entre essas distâncias extremas é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros.
A consequência desse evento é que o Sol aparentará estar um pouco maior durante esses dias. O periélio ocorre anualmente no início de janeiro, coincidindo com o verão no Hemisfério Sul, devido à forma elíptica da órbita terrestre.
A variação nas datas específicas do periélio e do afélio decorre da não perfeição na sincronia entre a órbita terrestre e o calendário. Astrônomos e matemáticos afirmam que essas datas mudam a cada 58 anos, podendo variar até dois dias de um ano para outro no curto prazo. No Brasil, o ponto máximo de proximidade neste ano ocorrerá em 2 de janeiro, às 21:38.
Um dado curioso revela que, de acordo com estimativas de astrônomos e matemáticos, daqui a mais de 4 mil anos, o periélio deverá coincidir com o equinócio de março, marcando o momento em que o dia e a noite terão duração igual, com 12 horas cada. Esse constante movimento celeste nos lembra da complexidade e beleza do sistema solar em que estamos inseridos.