Tempestades solares podem acabar com a internet no mundo; Índia realiza missão
As ejeções de massa coronal (CME) são eventos solares de grande relevância devido à sua capacidade de impactar tanto o nosso planeta quanto a infraestrutura espacial. Essas explosões solares remetem a enormes quantidades de massa lançadas da corona solar, a camada mais externa do Sol.
Uma missão indiana, nomeada Aditya-L1, oferece novas perspectivas na análise desses fenômenos. A bordo, o Coronógrafo de Linha de Emissão Visível (Velc) tem capturado dados essenciais que permitem aos cientistas compreender mais detalhadamente o comportamento das CMEs.
Com essas observações, a previsão e o acompanhamento das trajetórias das CMEs são aprimorados, potencializando a proteção de sistemas eletrônicos sensíveis na Terra e no espaço.
Como as ejeções de massa coronal impactam a Terra
Uma vez em direção à Terra, as ejeções de massa coronal podem provocar tempestades geomagnéticas ao interagir com o campo magnético do planeta. Isso pode resultar em belos fenômenos naturais como as auroras boreais e austrais, mas também em problemas significativos.
Redes elétricas podem ser interrompidas, causando apagões, e satélites de comunicação podem ser danificados, afetando serviços vitais.
Na história, já houve incidências marcantes de CMEs que causaram grandes transtornos. O Evento Carrington de 1859 é um exemplo famoso de uma violenta tempestade solar que resultou em falhas de telégrafo e auroras visíveis em latitudes inusitadamente baixas.
Mais recentemente, em 1989, uma CME derrubou a rede elétrica em Quebec, Canadá, demonstrando a vulnerabilidade das infraestruturas modernas.
Missão Aditya-L1
A missão Aditya-L1 da Índia, iniciada recentemente, busca contribuir significativamente para o estudo das CMEs. Equipado com o Velc, o satélite está posicionando-se como um importante observador solar. Este instrumento é capaz de bloquear a fotosfera do Sol, permitindo uma observação contínua da corona solar, independente de eclipses ou outras interferências usuais nas observações terrestres.
Essa capacidade oferece uma vantagem distinta: a habilidade de monitorar a corona em tempo real e com precisão, fornecendo dados fundamentais sobre a gênese e evolução das CMEs. Desta forma, cientistas podem determinar com mais exatidão o momento de partida das ejeções e suas direções, informações críticas para a previsão e prevenção de danos potenciais.