SpaceX acaba de fazer novo inimigo
Elon Musk revolucionou o campo espacial com a SpaceX, introduzindo tecnologias inovadoras que transformaram a conectividade global e a exploração espacial. A criação dos satélites StarLink, que oferecem internet de alta velocidade em qualquer lugar do mundo, destacou a SpaceX como líder no setor e incentivou outras empresas a entrarem nesse mercado promissor, visando explorar as vastas oportunidades econômicas e tecnológicas.
Novo inimigo da SpaceX
Entretanto, os avanços da SpaceX trouxeram preocupações. Institutos de radioastronomia afirmam que os satélites StarLink interferem nas observações astronômicas e danificam equipamentos sensíveis. Diversos pesquisadores apresentaram queixas à Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos, solicitando uma investigação sobre como as mega constelações de satélites, incluindo as da SpaceX e da AST SpaceMobile, estão prejudicando a radioastronomia.
Os satélites de órbita baixa (LEO) da StarLink, operando entre 520 e 550 km de altitude, permitem uma comunicação mais rápida e eficiente em comparação com satélites geoestacionários. Contudo, esses satélites são mais visíveis e brilhantes, interferindo nas capturas de longa exposição e dificultando pesquisas astronômicas. Em 2021, observatórios relataram que até 18% das imagens foram prejudicadas.
Impactos da constelação de satélites
A SpaceX reconheceu os problemas e tentou mitigar os impactos. Inicialmente, testou espelhos anti-reflexo, mas a solução não foi satisfatória. Em setembro de 2023, a empresa adotou um filme para diminuir a reflexividade dos satélites e publicou a técnica para uso aberto. Apesar dos esforços, os resultados ainda não foram totalmente eficazes.
A comunidade radioastronômica intensificou suas reclamações, pedindo à FCC que se atente às novas gerações de satélites da StarLink e da AST SpaceMobile, que oferecem comunicação direta para celulares. Cientistas alertam que essas tecnologias podem acabar com as “zonas de silêncio” necessárias para radiotelescópios operarem. Um relatório da Fundação Nacional da Ciência (NSF) aponta que equipamentos sensíveis de radioastronomia podem ser danificados pela passagem desses satélites.
Os pesquisadores querem que a FCC realize um escrutínio rigoroso na tecnologia direct-to-cell dos satélites modernos, exigindo provas de que não representam uma ameaça à pesquisa científica. Até o momento, nem a SpaceX nem a AST SpaceMobile se manifestaram sobre o assunto.