Há quase uma década, a humanidade tinha os olhos voltados para uma das missões mais intrigantes da NASA: a sonda espacial Messenger tinha a delicada missão de orbitar o planeta Mercúrio. A missão que durou quatro anos, transmitiu informações valiosas ao nosso planeta e teve seu encerramento de forma estranhamente poética. Em uma última manobra, a sonda colidiu com Mercúrio, deixando um derradeiro marco de nossa investigação espacial.
A sonda Messenger, que iniciou sua missão em 2011, transmitiu para a Terra aproximadamente 10 terabytes de dados e cerca de 290 mil imagens do planeta mais próximo do sol em nosso sistema solar. Sua última imagem, um adeus silencioso, foi registrada momentos antes da colisão final com o planeta.
A colisão final de Messenger
Essa histórica jornada de exploração planetária da NASA terminou, como planejado, no dia 30, com a sonda impactando a superfície de Mercúrio a uma velocidade de 14 mil quilômetros por hora. O impacto resultou em uma nova cratera na superfície deste planeta, com tamanho estimado em cinco vezes o do comprimento da espaçonave, que mede três metros.
O que a missão da sonda espacial revelou?
Segundo a NASA, a maior descoberta científica desta missão foi a identificação de compostos voláteis em Mercúrio, como cloro, enxofre, potássio e sódio. Estes elementos evaporam facilmente em temperaturas moderadas.
A presença desses componentes na atmosfera do planeta leva os cientistas a reconsiderar as teorias existentes sobre a formação de Mercúrio. A suposição aceita era de que o planeta passou por um processo de aquecimento que deveria ter evaporado esses compostos voláteis. Agora, será necessário pensar em novas hipóteses.
As descobertas da sonda Messenger representam uma importante contribuição para a nossa compreensão do universo. Cada missão espacial traz novas perguntas, desafios e conhecimentos, expandindo as fronteiras da nossa sabedoria. Quem sabe o que novas missões podem descobrir?