O sistema brasileiro de devolução de embalagens de defensivos agrícolas destaca-se como uma referência positiva no cenário internacional. Essa abordagem inovadora e sustentável tem como objetivo mitigar os impactos ambientais decorrentes do descarte inadequado desses materiais, promovendo a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, agricultores e consumidores.
Uma característica fundamental desse sistema é a logística reversa, que estabelece a obrigatoriedade das empresas fabricantes de defensivos agrícolas em organizar e financiar a coleta e destinação adequada das embalagens vazias. Essa prática não apenas reduz a contaminação ambiental, mas também fomenta a economia circular, reintegrando os materiais recicláveis ao processo produtivo.
A eficiência desse sistema está atrelada à parceria entre a indústria, representada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), e os agricultores. Os produtores têm papel ativo na devolução das embalagens, seguindo normas estabelecidas e contribuindo para a preservação ambiental. Esse engajamento demonstra o comprometimento do setor agrícola brasileiro com práticas sustentáveis.
Além disso, o Brasil se destaca por possuir uma legislação robusta e atualizada que regula o descarte e a gestão de embalagens de defensivos agrícolas. Essa base legal estabelece diretrizes claras, incentivando a conformidade e aprimorando constantemente as práticas de manejo ambientalmente responsáveis.
O sistema brasileiro de devolução de embalagens de defensivos agrícolas não apenas atende a padrões internacionais de sustentabilidade, mas também serve como exemplo para outros países que buscam soluções eficientes e integradas para o gerenciamento de resíduos na agricultura. Esse modelo, baseado na colaboração entre os diversos agentes da cadeia produtiva, destaca-se como um componente essencial na construção de uma agricultura mais sustentável e comprometida com o cuidado do meio ambiente.