Em janeiro deste ano, o Brasil registrou um recorde preocupante de 1,2 milhão de tentativas de fraudes, conforme dados da Serasa Experian. Este número representa um aumento de 41,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, destacando a crescente ameaça de fraudes no país. Com uma tentativa de fraude ocorrendo a cada 2,2 segundos, a necessidade de medidas de segurança mais robustas se torna evidente.
O setor de Bancos e Cartões é o principal alvo dos fraudadores, representando 52,5% das tentativas. Outros setores afetados incluem Serviços (33,6%), Financeiras (6,4%), Telefonia (5,9%) e Varejo (1,5%). A verificação cadastral revelou-se um ponto crítico, com 49,4% das fraudes detectadas através de inconsistências em dados pessoais ou endereços.
Tecnologias de autenticação biométrica e análise documental desempenham um papel crucial na identificação de fraudes, responsáveis por 44% dos casos. A verificação de dispositivos, que analisa comportamentos suspeitos em aparelhos e navegadores, também é uma ferramenta importante, detectando 6,5% das ocorrências.
Principais vítimas das fraudes
As fraudes continuam a atingir principalmente a população economicamente ativa. Pessoas entre 36 e 50 anos foram as mais visadas, representando 32,9% das ocorrências. Outras faixas etárias afetadas incluem indivíduos de 26 a 35 anos (26,7%), até 25 anos (15,5%), 51 a 60 anos (13,3%) e acima de 60 anos (11,6%).
Geograficamente, São Paulo liderou o número de tentativas de fraude evitadas, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais. A região Sudeste foi a mais impactada, mas o crescimento das fraudes foi generalizado em todo o país, com todas as 27 Unidades Federativas registrando aumentos.
O Distrito Federal destacou-se com a maior densidade de fraudes por milhão de habitantes, seguido por São Paulo e os estados do Centro-Oeste e Sul. No entanto, estados do Norte e Nordeste, como Amazonas e Pará, registraram os maiores aumentos percentuais em tentativas de fraude.
Por outro lado, estados como Maranhão, Roraima e Piauí apresentaram as menores taxas proporcionais de fraudes. Isso sugere que, embora o problema seja nacional, a intensidade e a resposta a ele variam significativamente entre as regiões.