O Santo do dia 15/03, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: São Longuinho. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam São Longuinho digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
Conheça a história de São Longuinho
O nome de São Longuinho, conhecido na tradição popular como o santo que ajuda a encontrar objetos perdidos, pode soar como uma piada para quem fala português. Isso porque Longuinho é acreditado ter sido um homem de baixa estatura e com dificuldade de locomoção. Contudo, sua identidade é bastante controversa, e sua história é recheada de fatos interessantes e curiosos.
Origem de São Longuinho
Longinus, nome latino de São Longuinho, está associado à lança comprida que, segundo relatos bíblicos, o soldado romano teria utilizado para perfurar o peito de Jesus na cruz. “São Longuinho é dos santos mais populares da Igreja, e sua devoção remonta aos tempos da igreja primitiva. O nome ‘Longuinho’ é um derivação de ‘Longinus’, termo latino que designa um tipo de lança romana”, explica o escritor e teólogo J. Alves.
Sua conversão
A crença popular atribui a Longuinho a figura do soldado que traspassou o lado de Jesus com a lança durante sua crucificação. Segundo a tradição, Longuinho sofria de uma doença ocular que o deixava quase cego, e ao atingir Jesus com a lança, o sangue teria espirrado em seus olhos, curando-o instantaneamente. Este evento teria levado à sua conversão ao cristianismo e sua renúncia ao exército romano.
O martírio e a santidade
Após a sua conversão, Longuinho migrou para a Capadócia, onde se dedicou à evangelização. Porém, sua ação teria incomodado a comunidade judaica local, levando à sua condenação e posterior execução por traição. “A tradição uniu-se ao registro bíblico e isso facilitou seu reconhecimento num tempo em que não haviam beatificações, mas, canonizações diretas pelo registro das atas dos martírios”, esclarece José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia.
O santo dos objetos perdidos
Não se sabe ao certo como surgiu a crença de que São Longuinho ajuda a encontrar objetos perdidos. J. Alves sugere que a tradição pode ter começado devido à baixa estatura do santo, que o permitia enxergar e recuperar objetos caídos durante os banquetes do exército romano, os quais eram recolhidos por ele e entregues a seus donos. Outra explicação estaria ligada à sua canonização no século IX, quando o papa da época teria pedido a intercessão do santo para reencontrar documentos do processo que haviam sido desviados.
Não importa o quanto a história seja repleta de lendas e contradições, São Longuinho continua sendo uma figura adorada e solicitada por aqueles que buscam ajuda para encontrar objetos perdidos, demonstrando a importância das raízes populares na fé e na tradição religiosa.