O Santo do dia 11/02, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: São Castrense. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam São Castrense digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
Santo Castrense
Castrense é um nome que ressoa ao longo da história e das tradições cristãs. Ele era um bispo dedicado e devoto de Cartagine, na África, que se tornou um mártir e santo na memória da Igreja. Tudo isso aconteceu no século V, durante um período difícil da história, marcado por guerras e invasões.
A vida de Castrense é um testemunho de fé, amor e coragem. Durante a invasão dos Vândalos, liderada pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar em um velho navio desprovido de velas, remos e leme. Esperava-se que ele e seus companheiros perecessem afogados, mas, contra todas as odds, Castrense sobreviveu e desembarcou na costa italiana, perto de Nápolis.
Quem foi Castrense após este evento milagroso?
Castrense retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. De acordo com antigos registros, foi eleito bispo de Sessa, assumindo a difícil tarefa de liderar duas comunidades ao mesmo tempo. Ele era conhecido por seu amor paternal, humildade e carisma. Além disso, acredita-se que ele tenha realizado milagres, como libertar um homem possuído por demônios e salvar um navio cheio de passageiros de uma tempestade violenta.
Castrense morreu como mártir em 11 de fevereiro de 450, em Sessa, Nápolis. Foi então que a veneração do povo a este santo começou, propagando-se rapidamente por toda a Campânia e outras cidades, incluindo seu lugar de origem, a África.
Qual o legado deixado por Castrense?
Suas relíquias foram transferidas de Sessa para Cápua e depois para Monreale por ordem de Guilherme II, o Bom, último rei normando da Sicília. Em 1637, elas foram colocadas em uma capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com a inscrição “São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale”.
Os vestígios mais recentes encontrados de Castrense datam de 1881 e foram descobertos durante escavações arqueológicas na gruta de Calvi, perto de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense, juntamente com outros mártires da mesma época e região.
O legado de Castrense continua vivo até hoje, em particular na cidade de Catânia. Seu nome é lembrado em uma pequena região que leva seu nome, bem como em várias igrejas locais e um convento feminino beneditino construído ao lado da Catedral. Anualmente, em 11 de fevereiro, dia em que a Igreja oficializou seu martírio, uma procissão segue da Catedral de Monreale para Sessa, terminando com a celebração de um culto litúrgico. Durante este trajeto, os devotos acreditam que inúmeras graças são concedidas através da intercessão de São Castrense.