RS fecha 2023 com R$3,03 bilhões em exportações de máquinas e implementos agrícolas

O Rio Grande do Sul encerrou o ano de 2023 com um total de R$ 3,03 bilhões em exportações de máquinas e implementos agrícolas, conforme dados levantados pelo Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), em colaboração com a Unidade de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Este valor representa um aumento de 1,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

No cenário nacional, as empresas gaúchas se destacam, liderando as exportações para o mercado externo com uma participação de 40,1%, superando São Paulo, que registra 36,1%. Os principais destinos dessas exportações são o Paraguai e os Estados Unidos, com a Argentina, que já foi o principal comprador há cerca de 15 anos, ocupando agora a terceira posição devido a desafios financeiros e climáticos.

Quanto às projeções para as vendas de máquinas agrícolas em 2023, o Simers prevê um recuo de 15%. O presidente do sindicato, Claudio Bier, destaca a dependência da recuperação do setor em 2024 em relação à queda dos juros, apesar do avanço modesto na produção agrícola. Ele ressalta a importância contínua dos investimentos em tecnologia para expandir a base de fornecimento nacional e enfatiza o compromisso da indústria em inovação para tornar as práticas agrícolas mais sustentáveis.

O Rio Grande do Sul, responsável por aproximadamente 60% das máquinas e implementos agrícolas fabricados no Brasil, desempenha um papel crucial nesse setor. Com cerca de 35 mil empregos diretos e 150 mil indiretos no estado, a indústria contribui significativamente para a economia local. O presidente Claudio Bier aponta que as demissões ocorridas ao longo do ano foram situações pontuais, e acredita que não devem se repetir em 2024. Ele destaca que essas ocorrências foram influenciadas por fatores como eleições do ano anterior e condições climáticas adversas em diversas regiões do país.

Além disso, o levantamento revela que o Rio Grande do Sul é responsável por 55% da receita líquida em vendas de máquinas para colheita, consolidando sua posição como um polo crucial na indústria de máquinas agrícolas no Brasil.

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